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Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
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2021: Amanhã vai ser outro dia

Na última coluna do ano, uma reflexão sobre este fim de ano

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Atualizado em 30 dez 2020, 12h01 - Publicado em 29 dez 2020, 21h17

Tudo bem não estar tudo bem. Às vezes acontece mesmo de acordamos e batalharmos a luta de cada dia ainda que sem ânimo. Isso se chama vida, devemos lembrar. Porque vida real não é aquela das redes sociais, em que a grande maioria das pessoas escolhe postar apenas os momentos de beleza, de realização, de comemoração, de plenitude. Este ano não foi fácil para ninguém – nem mesmo para quem eventualmente possa ter lucrado com esta tragédia que é a pandemia. Então, na última coluna do ano, resolvi dividir um pouco do que senti neste últimos dias de 2020. 

Semana que antecede o réveillon costuma ser sempre de excitação em torno de festas e viagens, roupas brancas e amigos, bebida e comida. Mas desta vez, acredito que para a maioria, está sendo diferente. Há um misto de cansaço por trabalharmos tanto para dar conta de tudo e tentar recuperar parte do ano perdido com melancolia por vermos o quão devastador foi esse vírus, virando o mundo de cabeça para baixo. Foram meses muito difíceis que ainda não acabaram. Diariamente fomos bombardeados com notícias tristes, tragédias, absurdos, perda de pessoas queridas, 190 mil mortos, desemprego, crise econômica, gente sem noção… Um final de ano difícil de ser comemorado. Um ano que chega ao fim mas deixa cicatrizes eternas.  

Então, tudo bem não estar tudo bem. Tudo bem não estarmos tão animados ou gratos nessa virada do ano como pregam os influenciadores das redes sociais. Tenho certeza que cada um fez o seu melhor. Fingir que nada aconteceu não me parece ser muito honesto com a nossa saúde mental.  A ideia de escrever esta coluna surgiu quando eu precisava fazer um vídeo sobre tratamentos de final de ano para o meu Instagram profissional, mas eu estava exausta, havia tido uma semana cheia de trabalho e com questões de saúde na família. Não me deu vontade de falar sobre isso, e resolvi gravar o vídeo sendo sincera sobre o meu estado de espírito. E a resposta dos seguidores, amigos e pacientes foi muito acolhedora, pudemos trocar experiências e conversar sobre isso de peito aberto. 

Às vezes a gente precisa se respeitar, se acolher e se permitir não fazer algo que não estejamos com vontade. Esse ano pandêmico também nos trouxe essa consciência e o entendimento de que tudo bem não estar tudo bem, tudo bem não estarmos preparados para o próximo ano. Acho que nunca mais estaremos preparados para um ano. Iremos nos preparando e nos adaptando dia após dia. Amanhã vai ser outro dia e você vai ter a chance de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Desejo a todos vocês um 2021 de muita saúde, harmonia, solidariedade, paz e esperança. Vamos acreditar e sermos gentis conosco e com os outros. 

  

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