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Por Carla Knoplech, jornalista e especialista em conteúdo digital
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Mascotes virtuais como estratégia de influenciadores digitais

Famosos como a apresentadora de TV Sabrina Sato lançam personagens virtuais personalizados

Por Carla Knoplech
Atualizado em 24 nov 2021, 14h23 - Publicado em 23 nov 2021, 23h12

Que o segmento de influência digital vai muito bem, isso ninguém pode negar: cifras milionárias, redes sociais que privilegiam diversos formatos de conteúdo e marcas que fazem de um tudo por uma fatia da audiência deles. Mas então, o que falta no mercado dos influenciadores digitais? O que faltava, na verdade. Existir no Metaverso, o mundo virtual que virou assunto no mundo todo, depois que o Facebook mudou o seu nome para “Meta”, no fim de outubro. Era isso que faltava e agora passou a ser uma realidade. Assim como é considerado o próximo capítulo da internet, o Metaverso agora é palco de uma série de apostas de influenciadores digitais que estão criando para si versões virtuais para expandir o seu alcance internet adentro.

Lançada ontem aqui no Brasil, a Satiko, mascote virtual da apresentadora de TV Sabrina Sato deu o que falar ao ser apresentada no perfil da celebridade como uma extensão da sua presença digital. Segundo Sabrina, a ideia é fazer com que esse avatar viva experiências que ela não tem tempo de viver e interaja com outros públicos além do dela. Ou seja, o objetivo é criar identificação, ampliar a sua voz em segmentos que Sabrina não está hoje e, é claro, fazer negócio. A Biobots Tech, startup brasileira que se define como uma agência de influenciadores virtuais e que foi responsável pela criação de Satiko, levantou 20 milhões de reais em sua primeira rodada de investimentos ao criar a japonesinha de Sabrina, que é também seu primeiro produto lançado para o mercado. A inspiração deles veio da Magalu, amplamente conhecida como a mascote virtual da Magazine Luiza, plataforma digital de varejo.

Os mais pessimistas podem questionar a sobrevida do Metaverso e de todas as suas implicações alegando a abstração em demasia do assunto. Mas esta colunista que vos fala crê totalmente neste mercado e devolve a provocação com o seguinte questionamento: afinal, a vida virtual já não é boa parte do que existe hoje? Ou seu Instagram, que é tão importante pra você, é palpável? Se você perder todos os seus e-mails, estaria tudo bem? Quando somos obrigados a reinstalar o WhatsApp, não bate um pânico momentâneo ao pensarmos que podemos perder todo o nosso histórico de conversas? Metaverso, influenciadores virtuais, NFT´s e etc nada mais são do que a continuação da relação altamente virtual que construímos com o mundo nos últimos 21 anos.

A organização Virtual Humans reúne alguns dos avatares mais relevantes da internet e já disponibiliza pesquisas, notícias e dados apenas sobre esse segmento digital. Não preciso nem dizer que algumas criações brasileiras estão listadas por lá, certo? Mais do que uma derivação das marcas ou das celebridades às quais se relacionam, esses humanos ou mascotes virtuais trazem em sua essência uma grande herança do universo de games, ambiente em que esse tipo de interação é absolutamente comum e lucrativa.

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30,7 milhões de pessoas seguem Sabrina no Instagram, desde ontem 11 mil deles já passaram a seguir a mascote digital na sua conta particular. São seguidores fiéis, curiosos e ávidos por novidades, prontos para interagirem com uma criatura virtual que tem todo o seu conteúdo criado por agências e milimetricamente calculado. É ou não é para projetar um grande mercado pela frente?

Carla Knoplech é jornalista, fundadora da agência Forrest, de conteúdo e influência digital, consultora e professora

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