Em rave, carioca escapa da morte após ataque próximo à Faixa de Gaza

Festa fazia parte da turnê mundial da Universo Paralello, criada pelo DJ Juarez Petrillo, pai do DJ Alok. Três brasileiros ficaram desaparecidos após evento

Por Redação
9 out 2023, 14h35
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Nathan Obadia: jogador de futevôlei relatou cenas de pavor em sua rede social (Reprodução/Instagram)
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O carioca Nathan Obadia, de 30 anos, estava em uma rave em Israel no último sábado (7), quando o evento foi cancelado em razão de um ataque do grupo extremista armado Hamas. Realizada próxima à Faixa de Gaza, a festa chamada Supernova Sukkot fazia parte da turnê mundial da marca de festas eletrônicas Universo Paralello, criada pelo DJ Juarez Petrillo, pai do DJ Alok.

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Nas redes sociais, o jogador de futevôlei conta que saiu do local após o anúncio do cancelamento da festa, acompanhado de mais quatro amigos. O grupo foi em direção a Tel Aviv, mas precisou voltar em direção à festa quando soube que havia combatentes do Hamas na cidade. Para fugir do trânsito que se formou no local, o amigo que dirigia o veículo pegou um atalho.

“Só que era tudo meio um mato assim e acabamos entrando numa zona que era um campo aberto, e só tinha nosso carro no meio. Na hora, os caras (combatentes do Hamas) começaram a “largar” bala em cima da gente, tiro para caramba”, relatou o brasileiro.

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Em um primeiro momento, nenhuma bala atingiu o carro. Porém, logo após acelerarem, um tiro acertou o veículo e Nathan sentiu estilhaços atingirem suas costas. “O amigo que estava dirigindo parou o carro, que serviu como nosso escudo. Deitamos no chão atrás do carro e foram tiros infinitos, 15 a 20 minutos de inferno”, conta Obadia.

Três soldados do exército israelense então chegaram e começaram a trocar tiros com integrantes do Hamas, permitindo que o grupo fugisse e fosse para um barranco. Lá, eles foram orientados por outros soldados a correr até um bunker, onde permaneceriam seguros até serem resgatados.

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Segundo Obadia, que mora em Israel há 5 anos, o local da festa ficava a cerca de 500 metros da fronteira com Gaza. Ele e os amigos só descobriram qual seria o lugar da rave no mesmo dia. “Essas festas aqui o pessoal divulga o lugar no dia. Mas ninguém imaginava que ia ser em Gaza (próximo à fronteira). Mas Gaza estava “quieto”, já rolaram outras festas lá e não deu em nada. Dessa vez, os caras arrebentaram a cerca e entraram pessoas”, disse o brasileiro.

Em comunicado, a organização do Universo Paralello afirmou estar “profundamente chocada” com os últimos acontecimentos na região. “Israel é reconhecida mundialmente por grandes eventos de música eletrônica, e o local é conhecido por receber diversos deles, tendo, no dia anterior, acontecido um festival com mesmo perfil no mesmo local”, disse o evento, rebatendo as críticas sobre a localização da festa.

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Três brasileiros que participavam do evento estão desaparecidos, incluindo a também carioca Bruna Valeanu. Desde o início dos ataques do Hamas, mais de 700 pessoas foram mortas em Israel. Em Gaza, ao menos 560 pessoas morreram após ataques aéreos em retaliação comandados pelo país, segundo a Autoridade Palestina.

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