Os próximos passos de Neguinho da Beija-Flor após aposentadoria da Sapucaí
O artista regravou quinze sucessos da própria carreira ao lado do músico Xande de Pilares e pretende sair em turnê
O Carnaval de 2025 será histórico, não só pela mudança nos desfiles, que vão acontecer em três noites pela primeira vez, mas também por marcar a despedida de um dos principais nomes da festa. Aos 75 anos, o cantor e intérprete Neguinho da Beija-Flor anunciou a aposentadoria da Sapucaí.
Com cinco décadas de carreira, ele é o mais longevo intérprete da Avenida, defendendo os sambas da escola de Nilópolis desde antes mesmo de existir o Sambódromo.
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Mas Neguinho não pretende ficar em casa de pijama, muito pelo contrário. E já tem projeto em vista: o artista regravou quinze sucessos da própria carreira ao lado do músico Xande de Pilares. Em 2020 os dois já tinham lançado uma parceria, a música Borracha Fraca. “Só vou parar com o Carnaval. Pretendo rodar o país cantando com o Xande e espero que eu fique pelo menos mais dez anos nos palcos”, contou Neguinho da Beija-Flor ao jornal O Globo.
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“Costumo dizer que eu vou morrer duas vezes, quando tiver que morrer mesmo no dia que a morte chegar e estou morrendo agora. É difícil. Só agora eu sinto como foi para o Pelé e para o Zico, de ter que parar pela idade. Geralmente o artista para morrendo mesmo, mas agora eu vejo como é parar atuando”, acrescentou o intérprete, que postergou a aposentadoria do Carnaval graças às insistências de Laíla, que foi diretor de Carnaval da agremiação de Nilópolis por muitos anos.
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Neguinho da Beija-Flor coleciona momentos históricos na Sapucaí, entre eles, o desfile que, para muitos, é considerado o maior de todos os tempos: Ratos e urubus larguem minha fantasia, de 1989, e seu próprio casamento na Passarela do Samba, em 2009, enquanto se recuperava de um câncer.
Em nota, a Beija-Flor afirmou: “Essa despedida é apenas do posto de intérprete oficial. Neguinho é, e sempre será, a essência da Beija-Flor. Não há Beija-Flor sem ele. Sua história está gravada em nossas cores, nossos sambas e nossos corações”.