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O menino da Cidade de Deus e a garota afegã da National Geographic

Revelado em ensaio de fotos que viralizou, Davi Gonçalves Augusto da Rocha Brito, de 11 anos, foi descoberto pela ONG Nóiz Construindo um Futuro’

Por Redação
Atualizado em 15 fev 2022, 12h35 - Publicado em 15 fev 2022, 12h34

Esse é Davi Gonçalves Augusto da Rocha Brito, de 11 anos, morador da Cidade de Deus, na Zona Oeste. Seu rosto, com expressão forte, por vezes triste e refletindo a dureza da vida, correu as redes sociais após a divulgação de um ensaio fotográfico divulgado pela ONG Nóiz – Construindo um Futuro. É que, para muita gente, o garotinho lembrou aquela capa clássica da revista National Geographic, de 1985, com a afegã Sharbat Gula, à época com 12 anos.

Capa da National Geographic: fama mundial em 1985
Capa da National Geographic: fama mundial em 1985 (Reprodução/Reprodução)

Em comum, ambos têm os belos olhos verdes e uma trajetória turbulenta. A menina, cuja imagem ganhou o mundo, era órfã desde os 6 anos e, refugiada no Paquistão, tinha escapado de uma guerra em sua terra natal. Davi, por sua vez, perdeu o pai, assassinado, quando ele tinha 3 e, com a família, deixou para trás um apartamento do programa Minha Casa Minha Vida, no condomínio Almada, no sub-bairro de Jesuítas, em Santa Cruz, em busca de paz.

De volta à região do Outeiro, na Cidade de Deus, a família do garotinho contou contou com a ajuda de vizinhos para construir um barraco de madeira.

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E como ele ficou conhecido? Em 15 de janeiro, ao brincar pelas vielas da favela, Davi e os irmãos passaram em frente à ONG Nóiz, chamando atenção do presidente da instituição, André Melo. Logo, ele fez uma foto dele e postou. O fotógrafo Wallace Lima, por sua vez, ofereceu-se a produzir um ensaio com o menino, com o empréstimo de roupas de um brechó.

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Eis que o resultado bombou. O garoto foi convidado a ser modelo de uma famosa grife de roupas infantis. Seu primeiro contrato profissional com uma agência do ramo deve ser fechado ainda nesta semana.

Matriculado no terceiro ano de uma escola da rede municipal, Davi ainda não sabe ler. Sem condições de aderir ao ensino remoto (eles não têm computador e fácil acesso a celular), parou de frequentar as aulas no início de 2020. Mas sonha em ter seu próprio celular para acessar a rede social.

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