Quem é Lilia Schwarcz, recém-eleita para a Academia Brasileira de Letras

Professora da USP e da Universidade de Princeton, historiadora e antropóloga tem mais de trinta livros publicados e é a 11ª mulher a ingressar na academia

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
8 mar 2024, 17h37
Lilia-Schwarcz
Lilia Schwarcz: historiadora e antropóloga foi eleita a nova imortal da ABL (Renato Parada/Divulgação)
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A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu nesta quinta (7) a nova ocupante da cadeira de número 9, a historiadora e antropóloga Lilia Katri Moritz Schwarcz. Ela será a quinta mulher a integrar o quadro atual da casa, e a 11ª da história da instituição.

Lilia sucede o historiador e diplomata Alberto da Costa e Silva, que morreu em novembro. Em seu perfil no Instagram, ela compartilhou uma foto com ele e falou sobre sua eleição para a vaga do amigo. “Espero honrar e seguir as diretrizes que ele deixou na ABL. Sinto tanta falta dele sempre, e ainda mais nesse dia. Mas me oriento pelas lições que ele deixou e assim sigo em frente”, escreveu.

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Confirmando seu favoritismo, a historiadora foi eleita com 24 votos. O diplomata Edgard Telles Ribeiro recebeu doze, e houve duas abstenções. Também concorriam a escritora Chirles Oliveira Santos, o ex-senador Ney Suassuna Antônio Hélio da Silva.

Aos 66 anos, Lilia Schwarcz é professora sênior do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo e professora visitante da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. É fundadora, ao lado do marido, o escritor Luiz Schwarcz, da editora Companhia das Letras, criada em 1986 e uma das mais prestigiadas do país.

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Publicou mais de trinta livros, a maior parte deles relativa à questão racial, entre eles Retrato Em Branco e Negro (1987), Espetáculo das Raças (1993), vencedor do Prêmio APCA; As Barbas do Imperador (1998), vencedor do Prêmio Jabuti; O Sol do Brasil (2008), também ganhador do Jabuti; A Batalha do Avaí (2013), prêmio Academia Brasileira de Letras; e Óculos de Cor: Enxergar e Não Ver (2022), que rendeu mais um Prêmio Jabuti à autora.

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A historiadora integra o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural (Iphan) e o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da República. Recebeu, entre outras distinções, a Comenda do Mérito Científico, em 2010; a medalha Júlio Ribeiro (por destaque cultural e etnográfico) da Academia Brasileira de Letras, em 2008; e a Comenda Rio Branco, em 2023.

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