Humoristas defendem Leo Lins, condenado por discriminação racial e a PCD

Antonio Tabet, Danilo Gentili, Mauricio Meireles e outros comediantes se posicionam nas redes contra decisão judicial

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2025, 11h35 - Publicado em 4 jun 2025, 11h33
Duplo crime: humorista Leo Lins é condenado a oito anos e três meses de prisão por discriminação e racismo
Duplo crime: humorista Leo Lins é condenado a oito anos e três meses de prisão por discriminação e racismo (./Reprodução)
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A turma do humor amanheceu sem graça – no sentido literal e no que expressa constrangimento também – na última terça (3). O humorista Leo Lins, 42, foi condenado a oito anos e três meses de prisão, além de receber multa, por cometer dois crimes: praticar e incitar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional; e discriminação de pessoa em razão de deficiência. A pena foi aplicada com base na Lei do Racismo e no Estatuto da Pessoa com Deficiência, em decorrência de um vídeo publicado no YouTube do comediante em 2022, no qual fez declarações contra negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, evangélicos, indígenas, nordestinos, judeus e PCDs. 

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Piadas à parte, os humoristas Antonio Tabet, Mauricio Meirelles, Danilo Gentili e Fábio Rabin se posicionaram nas redes sociais contra a punição. “Isso aqui é um absurdo. Pode-se não achar a menor graça ou até detestar as piadas de Leo Lins, mas condená-lo à prisão por elas é uma insanidade e um desserviço. Espero que essa decisão completamente descabida seja revertida”, escreveu Tabet no X (antigo Twitter). Na mesma rede, Gentili publicou um vídeo em que diz: “Piadas não geram intolerância e preconceito. O humor não comete crimes. É uma forma de arte que serve para causar alívio, riso e boas sensações em quem está ouvindo”. 

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Já Rabin recapitulou um episódio pessoal: “No ano 2000, quando eu nem sonhava em ser comediante, um amigo me mandou uma piada nazista. Eu xinguei ele de tudo que é nome e aquilo abalou a nossa amizade. Hoje, eu jamais faria o que fiz no passado, porque eu analiso se a técnica da piada é boa ou ruim”, opinou. A favor de que a justiça seja feita, a humorista Bruna Braga, integrante da série “No Corre” (Multishow), não ficou calada. “Racismo é crime. Comediante foi racista, vai ser preso, a gente tem que ser contra?, indagou. 

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