Caça-sabores, Cris Beltrão cria instituto para promover gastronomia do Rio
Prestes a ser lançado, Bazzar focará em ingredientes nativos, pratos e métodos de preparo que moldaram a identidade de um bairro, cidade, estado ou região
Da bottarga da Lagoa de Araruama ao cacau fino sustentável, passando pelo vinho de laranja e a ostra de mangue, o desejo de valorizar ingredientes nativos ou únicos e resgatar produtos que fizeram parte da nossa história é parte integrante do novo projeto de Cris Beltrão, o Instituto Bazzar, com lançamento previsto para junho.
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“A gastronomia é responsável por 40% da economia mundial do turismo e nós, no Rio, exploramos isso muito pouco, quase zero. É uma área com muito potencial”, diz Cris, que esteve 24 anos à frente dos restaurantes e da fábrica Bazzar. Na sede do instituto, na Rua Visconde de Carandaí, no Jardim Botânico, ela vai promover eventos e palestras, além de reunir produtores, investidores, restaurateurs e chefs. “O objetivo é que os nossos visitantes saibam o que tem de autêntico na gastronomia do Rio de Janeiro e explorem isso, como acontece em grandes cidades do mundo”, antecipa.
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Um dos pilares do Instituto Bazzar é pesquisar a história dos territórios, os ingredientes nativos ou únicos, pratos e métodos de preparo, costumes e tradições, que moldaram a identidade de um bairro, cidade, estado ou região. Para isso, o projeto vai apoiar restaurantes que honram a cultura e os ingredientes locais de olho no futuro sustentável.
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A cada estação, o Instituto abordará produtos sustentáveis pinçados em visitas feitas aos produtores do Estado do Rio, com o objetivo de fazer um elo entre eles, os chefs de cozinha, imprensa e empresários de gastronomia. Entre as ações programadas por Cris Beltrão está a criação de um circuito gastronômico, com roteiros turísticos e destinos que representem as singularidades gastronômicas do local e que também adotem práticas cotidianas mais sustentáveis.
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Além disso, Cris vai produzir vídeos bilíngues sobre os destinos mais representativos da identidade territorial para divulgação no Brasil e exterior e criar também prêmios ou selos para os estabelecimentos que valorizam a identidade local e para iniciativas inovadoras que miram um futuro mais viável para quem planta, cozinha ou consome. Ela pretende também promover eventos que conectem produtores e serviços a chefs e empresários do segmento gastronômico a fim de aproximá-los de iniciativas sustentáveis para parcerias.