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As homenagens a Quinho, grande voz do Carnaval carioca, morto aos 66 anos

Puxador do Salgueiro, que eternizou clássicos como Peguei Um Ita no Norte, morreu nesta quarta (3); velório é nesta quinta (4) na quadra da escola de samba

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
4 jan 2024, 15h28

O Carnaval carioca perdeu, nesta quarta (3), no Rio, um de seus grandes nomes. Morreu, aos 66 anos, Melquisedeque Marins Marques, o Quinho do Salgueiro, a voz de clássicos como o samba-enredo Peguei Um Ita no Norte, campeão de 1993, famoso pelos versos “explode coração / na maior felicidade / é lindo o meu Salgueiro / contagiando, sacudindo essa cidade”.

O sambista vinha lutando contra um câncer de próstata desde 2022 e morreu de insuficiência respiratória. Ele foi levado. na noite de quarta (3), ao Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador (Zona Norte), após passar mal. A direção do hospital afirmou que ele já estava sem vida quando deu entrada na unidade.

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O velório de Quinho acontece das 15h às 20h desta quinta (4), na quadra do Acadêmicos do Salgueiro, em Andaraí, na Zona Norte. Já o enterro está marcado para este sexta (5), das 9h às 13h, na Capela C do Cemitério da Cacuia, na Ilha, também na Zona Norte.

Uma das marcas-registradas do intérprete eram gritos de guerra entre um verso e outro durante as apresentações, como: “Arrepia, Salgueiro!”, “Ai, que lindo”, “Pimba, pimba” e “Vai pegar fogo no gongá”.

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Apesar de ter se consagrado no Salgueiro, ele também fez história na União da Ilha, ao entoar outro clássico da Avenida, Festa Profana, de 1989, dos versos: “Eu vou tomar um porre de felicidade / Vou sacudir, eu vou zoar toda a cidade”.

Grandes escolas de samba, como Mocidade, Vila Isabel, Mangueira e Beija-Flor, homenagearam o cantor em suas redes. A Vermelho e Branco da Tijuca expressou a importância do artista para sua trajetória.

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“Quinho não foi apenas um intérprete talentoso, ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro. Ele não apenas cantou para o Salgueiro, ele viveu e respirou cada nota, cada batida do coração acelerado da bateria. Ele personificou o espírito salgueirense”, disse a agremiação em nota.

Nas redes sociais, a prefeitura também prestou tributo ao puxador. “Hoje a gente se despede de uma das maiores lendas do carnaval carioca, o Quinho do Salgueiro. A sua voz irreverente e o seu legado marcaram gerações. Para sempre em nossos corações. Arrepia, mestre!”.

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O Ministério da Cultura foi outro órgão oficial a reconhecer a importância do sambista. “É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento de Melquisedeque Marins Marques, o Quinho do Salgueiro. A música brasileira se despede, assim, de um dos maiores ícones do Carnaval carioca, que fez história interpretando os samba-enredos de diversas escolas e se consagrou como a voz da Acadêmicos do Salgueiro. [..] Aos familiares, amigos e fãs deste grande artista, os nossos mais sinceros sentimentos!”

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Veja outras homenagens a Quinho:

Flávia Oliveira, jornalista:

“O Salgueiro e todos nós choramos pela despedida de um dos grandes. Quinho deixou sua marca no carnaval do Brasil. Eternizou-se.”

Milton Cunha, carnavalesco e comentarista de Carnaval:

“Um cantor desse quilate, que marcou tanto a história da escola de samba e da alegria brasileira, vai estar sempre com a gente.”

Eduardo Paes, prefeito:

“Que perda para o Carnaval carioca e para nossa cultura. Meus sentimentos a todos os Salgueirenses, familiares e amigos.”

Luiz Antonio Simas, historiador:

“Quinho, que nos deixou hoje, foi um imenso cantor popular. Quando dizia que era puxador, e não intérprete, estava certo. E isso é grandioso. Puxar um samba que precisa ser cantado por três mil vozes em movimento, durante mais de uma hora, é para artistas raros. E isso ele foi!”

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