‘Pum com talco’: palhaços se dividem sobre discurso de Regina Duarte

Fala de secretária foi considerada 'singela' para uns, e 'ruim' para outros; 'Achei coerente com a figura que ela é: fofa e sem noção', diz Marcio Libar

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 6 mar 2020, 20h40 - Publicado em 6 mar 2020, 16h32
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Regina Duarte no dia de sua posse: "Sempre me pareceu nítido que havia uma torcida nas mídias, nas redes sociais, para que a minha gestão não se consolidasse" (Reprodução/Veja.com)
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O discurso de posse de Regina Duarte na Secretaria Especial da Cultura dividiu opiniões entre os palhaços do país e do exterior. Em sua fala, a atriz fez várias referências ao que para ela seria Cultura – dentre elas, “aquele pum produzido com talco espirrando do traseiro do palhaço e fazendo a risadaria feliz da criançada”. Ao final, Regina definiu: “Cultura é assim, é feita de palhaçada”. Para João Artigos, palhaço há 35 anos e um dos diretores do Anjos do Picadeiro, encontro internacional de profissionais da área que existe desde 1996, a metáfora da secretária foi “bastante rasa”. “O discurso dela foi ruim em todos os aspectos. A namoradinha do Brasil, que bate continência para o Bolsonaro, colocou o circo num lugar banal”, afirma. Artigos faz parte de um grupo de WhatsApp formado por 556 palhaços do Brasil e de países da América do Sul, como Argentina, Chile e Colômbia. Segundo ele, por lá, a fala de Regina foi “execrada” por absolutamente todos. “Óbvio que o que ela disse pegou mal. Ela quis ser engraçadinha mas não conseguiu”.

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Marcio Libar: palhaço não viu agressividade ou desdém no discurso de Regina (Instagram/Reprodução)

Marcio Libar, autor do livro “A nobre arte do palhaço” e dono de dois trofeus internacionais importantes – o prêmio especial do Cirque Du Soleil, em Mônaco, e o “Nariz de Prata”, no Festival de Circo de Monte Carlo -, considerou “singela” a maneira como Regina definiu a Cultura. “Apesar de ser absolutamente contra este governo, tentei estabelecer uma isenção e não fazer juízos precipitados sobre ela”. Libar considera que a secretária “não tinha intenção de agressão nem de zoar ninguém“, e diz não ter se sentido discriminado. “Na verdade, o sentimento que me deu foi o de risinho de canto de boca, Achei o discurso coerente com a figura que ela é: fofa e sem noção”, diz o palhaço.

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