Coronavírus: rotina em isolamento social vira filme de cineastas cariocas
Realizado sem contato físico entre equipe e protagonistas, "Me cuidem-se" mostra como pessoas de diferentes classes sociais têm sobrevivido ao confinamento
Uma nova forma de fazer cinema surge com o isolamento social provocado pela pandemia do Covid-19. Os cineastas Bebeto Abrantes e Cavi Borges acabam de lançar em suas redes sociais o curta “Me Cuidem-se”, um filme-processo que semanalmente vai se modificando a partir dos acontecimentos e situações vividas pelas pessoas retratadas na produção até fim da pandemia. O curta está sendo editado por Wellington Anjos e, com o fim da quarentena, vai se transformar em um longa.
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O filme está sendo feito sem nenhum contato físico entre atores e diretores e, ao final do processo, 15 pessoas, de diferentes religiões, profissões e grupos sociais – todas em rigorosa quarentena – mostrarão cenas de suas casas e da rotina enclausurada durante este período. Elas filmam a cidade de suas janelas e, nas breves saídas por necessidade, registram as transformações da cidade, por conta da pandemia.
Entre os primeiros personagens do curta estão o artista plástico Arthur Palhano, de Del Castilho, o autônomo Élbio Ribeiro, de São Gonçalo, o roteirista Fernando Barcellos, da Cidade de Deus, a produtora cultural Luana Pinheiro, de Nova Iguaçu, e a coreógrafa Regina Miranda, da Lagoa. Eles retratam como num diário os primeiros dez dias da quarentena. “O filme não fecha: só vai terminar quando passar essa pandemia. Percebemos que muita coisa mudou durante esses primeiros dez dias de confinamento e conseguimos muito material, que editamos inicialmente em 30 minutos”, conta Cavi Borges.
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