Coronavírus: Crivella anuncia bloqueios e restaurantes a portas fechadas
Medidas também incluem a proibição de estacionar nas vagas da orla e o funcionamento de comércio não-essencial em todas as comunidades do Rio
Marcelo Crivella anunciou na manhã desta segunda-feira (11) um pacote com novas medidas restritivas para o combate ao coronavírus, que valem a partir desta terça (12), quando serão publicadas em decreto no Diário Oficial. Entre as decisões tomadas pelo prefeito estão a exigência de funcionamento a portas fechadas de bares, restaurantes e lanchonetes de toda a cidade; a proibição do comércio não-essencial em todas as comunidades, e o bloqueio parcial de circulação de carros em alguns bairros, como Santa Cruz, Freguesia e Taquara, na Zona Oeste; Madureira, Tijuca, Grajaú, Pavuna e Cascadura, na Zona Norte. O estacionamento de carros em todas as vagas da orla (“Do Leme ao Pontal”, enfatizou) também está proibido. As medidas valem, a princípio, por uma semana.
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Segundo o prefeito, a decisão de tomar medidas mais restritivas de isolamento está relacionada à curva ascendente de casos de Covid-19 no Rio. “Nós verificamos um aumento de casos agora nesse início de maio. Alguns acham que teria sido pelo feriado do dia 1º, as pessoas foram às ruas, saíram de casa sem máscaras”, disse. Pelo último balanço da Secretaria Estadual de Saúde, a cidade do Rio lidera o número de mortes (1.126) e casos (10.520) de coronavírus no estado.
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No caso dos bloqueios de carros nas áreas centrais dos oito bairros das zonas Norte e Oeste, que serão fechadas com gradis e fiscalizadas pela Guarda Municipal, o prefeito justificou que estas localidades foram escolhidas não só porque têm alto número de casos, mas também por serem campeãs em reclamações no Disque Aglomeração, o canal para denúncias criado pela prefeitura. Os poucos casos oficiais de aglomeração ajudaria a explicar a ausência de Copacabana (líder em número de óbitos, 71, e de casos confirmados, 411), e da Barra da Tijuca, vice-líder em número total de contaminados, com 361 doentes, na lista das áreas que contarão com o bloqueio parcial.
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Sobre o funcionamento a portas fechadas de bares, restaurantes e lanchonetes da cidade, Crivella explicou que o takeaway não está proibido, “mas os comerciantes têm que entregar o pedido com as portas fechadas, talvez por uma janelinha”. Segundo Crivella, houve a constatação de que funcionar com as portas abertas para a retirada de alimentos facilitaria o consumo e as aglomerações no local. “Então, pode ser delivery ou drive-thru, ou até mesmo take away, desde que seja de portas fechadas”. Obras não emergenciais e apostas presenciais em loterias são outras proibições anunciadas pela prefeitura. Sobre possíveis multas para quem descumprir as medidas anunciadas nesta segunda, Crivella disse que a regulamentação será feita após a publicação do decreto. “Primeiro o decreto, depois a multa”, afirmou.
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