Continua após publicidade

Cariocas do Ano: Sue Ann Clemens é a vencedora na categoria Ciência

A médica carioca, que vive na Itália, aproveitou a estadia para conduzir no país testes clínicos de desenvolvimento da vacina contra a Covid-19

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 18 dez 2020, 11h09 - Publicado em 18 dez 2020, 07h00
Dra Sue Ann Clemens
Sue Ann Clemens: carioca conduziu em tempo recorde os teste clínicos de desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 (Divulgação/Divulgação)
Continua após publicidade

Todo mundo vai ter uma história para contar da pandemia de 2020. A de Sue Ann Clemens, 52 anos, envolve salvar vidas. Carioca radicada na Europa, a prestigiada médica, especialista em vacina e consultora da Fundação Bill & Melinda Gates, programou no início do ano uma de suas habituais visitas ao Rio de Janeiro. Aí veio a pandemia, e ela acabou presa na terra natal. Com humor britânico, o cientista Andrew Pollard considerou o transtorno “um lance de sorte”. Ele é coordenador do desenvolvimento de pesquisas da vacina contra a Covid-19 na Universidade de Oxford e convidou a colega a conduzir no Brasil parte dos estudos clínicos para a criação do imunizante.

Cariocas do Ano: Fatou Ndiaye é a vencedora na categoria Representatividade

Cidadania: E o título de carioca do ano vai para… Rene Silva

Quarenta dias mais tarde, em maio, começou a funcionar, em São Paulo, o primeiro de três centros de triagem e testes da vacina, produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Destaque negativo pelo número de vítimas, o Brasil também ganhou visibilidade no mapa dos esforços contra o fatídico vírus: a derradeira fase do estudo de Oxford ultrapassou 5 000 voluntários. Em setembro, Pollard sugeriu dobrar a aposta. Diante de dificuldades no curso da pesquisa em outros países, era preciso alistar mais gente em solo brasileiro. Com as novas unidades criadas, logo já eram seis os centros e 10 400 voluntários.

Cariocas do Ano: Marcos Leta vence na categoria Inovação

Continua após a publicidade

Maya Gabeira é a carioca do ano na categoria Esporte

Por não precisar ser preservada a temperaturas muito baixas, a vacina de Oxford, uma vez registrada, poderá ser distribuída com facilidade, e um convênio com a Fiocruz permitirá sua fabricação no Brasil. “Esse processo vai deixar um legado de transferência de tecnologia, de conscientização e de acesso rápido à vacina”, diz a médica. Para ela, a correria não para. Por vídeo, Sue Ann deu a aula inaugural do mestrado em vacinologia que criou na Universidade de Siena, na Itália, onde fica baseada. Ela e o marido, o pesquisador alemão Ralf Clemens, mal tiveram tempo de comemorar a liberação, pela OMS, da primeira licença de vacina para uso emergencial da história da instituição, uma fórmula contra a pólio, parte dos esforços patrocinados pela Fundação Gates para erradicar a doença no planeta. “Trabalhamos no ritmo Covid”, ela resume.

+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 49,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.