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Reading Smiles: projeto leva livros à garotada de áreas menos favorecidas

'O tamanho do nosso privilégio é equivalente ao da nossa responsabilidade', diz Maria Antonia Klabin, de 16 anos, à frente da iniciativa

Por Renata Magalhães
17 fev 2023, 07h00
Atitude transformadora: a estudante de 16 anos está à frente do projeto de incentivo à leitura Reading Smiles -
Atitude transformadora: a estudante de 16 anos está à frente do projeto de incentivo à leitura Reading Smiles  (Daniela Dacorso/Divulgação)
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Não espere uma resposta manjada, como uma saga de fantasia ou um romance adolescente, ao questionar qual o livro predileto de Maria Antonia Klabin. Aos 16 anos, ela responde, certeira: Nosso Lugar, relato da deputada federal Tabata Amaral sobre sua ascen­den­te trajetória até se tornar a segunda mulher mais votada do país. Antonia deixa bem à mostra seu precoce amor pela literatura, que credita à sua avó Rosa — a matriarca sempre presenteou as crianças da família com obras clássicas. “Enquanto todo mundo no colégio achava chato ler, eu passava o recreio embarcando nas histórias”, lembra a jovem, aluna da Escola Britânica. Já dos pais, os administradores José e Maria Carolina, ela herdou a vontade de se envolver em ações sociais. “O tamanho do nosso privilégio é equivalente ao da nossa responsabilidade”, enuncia, madura. E assim, unindo os dois fios, surgiu o Reading Smiles — projeto que tem como objetivo levar bons livros à garotada que vive em áreas menos favorecidas da cidade. Através de campanhas de doações, Antonia compra títulos infantojuvenis e leva até as escolas, organizando rodas de leitura e atividades para estimular a criatividade.

“Enquanto todo mundo no colégio achava chato ler, eu passava o recreio embarcando nas histórias”

O trabalho começou em abril de 2021 na Fundação Américo de Viveiros, no Rio Comprido — e não foi simples. Como seus antigos colegas, a molecada não estava lá muito interessada na leitura. Aos poucos, incentivando que fizessem desenhos sobre os personagens, Antonia conseguiu ir contagiando os alunos. Num bem-vindo ciclo virtuoso, apareceram vários voluntários dispostos a colaborar. “É gratificante ver a mudança naqueles a quem a gente ajuda e, ao mesmo tempo, em nós mesmos. É um bem de duas vias”, afirma ela, que já passou pela Pequena Cruzada, na Lagoa, e pela Casa Santa Ignez, na Gávea, além de ter realizado uma campanha para uma instituição de Petrópolis na época das chuvas de 2022. Dos títulos que não podem faltar, Antonia cita alguns que ajudam a promover a diversidade, como Amor de Cabelo, inspirado no vencedor do Oscar de melhor curta de animação em 2020, e Malala, sobre a valente ativista paquistanesa laureada com o Nobel. Aos interessados, é possível fazer doações e participar da seleção do voluntariado pelo site e redes sociais do projeto, que segue avançando para novas escolas. “Essa foi a forma que encontrei para retribuir o que de mais maravilhoso o mundo dos livros me trouxe.” Palavra de uma leitora voraz.

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