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O artista que Roberta Medina sonha trazer para o próximo Rock in Rio

Em entrevista a VEJA RIO, a vice-presidente do festival também citou os shows que amou e qual o maior perrengue que precisou resolver até agora no evento

Por Kamille Viola
10 set 2022, 01h11
Roberta Medina: “Criar experiências é o nosso grande objetivo” -
Roberta Medina: vice-presidente do festival conta que sonha trazer Bruno Mars para o evento - (Marco Sobral/Divulgação)
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Em um raro momento em que não estava trabalhando no festival, a vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina — filha do fundador e presidente do evento, Roberto Medina —, curtia a área VIP com amigos quando conversou com VEJA RIO e falou sobre o maior perrengue que precisou resolver até agora, de quais shows mais gostou e que artistas sonha ter na próxima edição, entre outros assuntos.

Este ano teve algum artista do Palco Sunset que tenha feito vocês pensarem “essa pessoa rende para o Mundo”?

Confesso que não pensei nisso ainda, mas eu acho que tem uma coisa acontecendo que é ainda mais legal que é a dimensão que os palcos ao redor do Palco Mundo estão ganhando. Se você olhar, o Sunset está sempre lotado, o Espaço Favela está sempre lotado, o Supernova… A gente passou um período da música em que tinha menos produção de novos grandes talentos. Hoje a gente consegue ter muitos grandes talentos de grande dimensão que vão completando a experiência do público. Eu acho que hoje o olhar é ao contrário: dispersar, e não concentrar no Palco Mundo.

Qual foi o maior perrengue com o qual você teve que lidar nesta edição até agora?

Eu acho que o chato foi a chuva no sábado passado. As pessoas vieram sem previsão de chuva e chegaram aqui ainda estava frio. Quando acabou o show, a galera fica desconfortável e fica todo mundo aflito para sair. E não tem como acontecer uma saída imediata de 100 mil pessoas. Você vai sair de um lugar gigante que vai afunilando e tem que entrar numa passarela. E as pessoas estavam muito desconfortáveis e ansiosas, e a gente não conseguia o “stop and go” que a gente faz ali ainda no parque. No lugar onde é a entrada, a gente segura as pessoas, libera; segura, libera, para a subida na passarela ser suave. Quando as pessoas ficam desconfortáveis, é sempre chato para a gente. Mas domingo fluiu superbem, ontem (quinta, 8) fluiu superbem, está dando certo.

Tem algum artista, ou alguns, com o qual você já esteja sonhando para a próxima edição?

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Eu sempre sonho com o Bruno Mars, porque é bom demais. Para mim, qualquer lugar em que ele possa estar é bom. Eu tinha muita vontade de levar a P!nk para Lisboa, a gente não conseguiu. Aqui temos a eterna tentativa de Lady Gaga. A gente fica tentando e paquerando várias vezes alguns artistas.

Algum show surpreendeu, chamou sua atenção este ano?

Um dos shows que eu mais gostei de assistir foi Capital Inicial.  Eu acho que Capital fala com a nossa essência. Eu sou uma geração Capital Inicial, então as músicas todas são muito marcantes. Mas eles têm uma capacidade de mobilizar as pessoas… Se você olhar, o show do Guns não mobilizou como o deles. A capacidade que eles têm de puxar a galera! E coisas que o Dinho faz umas coisas que eu piro: “Duzentas mil mãos no ar.” Foi tão bonito, foi tão poderoso. Uma lavada de alma.

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E algum estreante que tenha surpreendido?

Ah, Luísa Sonza foi incrível. Foi muito bom o show. Eu não consigo ver muitas coisas, né? Capital eu vi porque era o que eu queria ver. Vi ontem com o Theo, meu filho, porque ele queria ver Maneskin, e foi um showzaço, eles têm muita energia. E vi Luísa Sonza porque a minha filha queria ver. Eu acabo não pegando todos, mas ela me surpreendeu para caramba, um showzaço.

Quantas horas você fica aqui por dia?

Depende do dia. Os primeiros dias de evento eu chego às 7h da manhã para dar entrevistas, e aí saio por volta, sei lá, dependendo do ritmo das encrencas — porque em geral eu estou lidando com encrenca, quando está tudo bem eu posso sair mais cedo. Porque na sexta (2) eu sai 1h e pouco, no sábado (3) eu saí às 3h e aí cheguei mais tarde no dia seguinte. E na segunda (5) estava eu às 7h da manhã para dar entrevista também, para fazer o balanço do festival. Vai variando um pouquinho. Hoje eu cheguei às 11h, e vamos ver.

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Por estarmos no período eleitoral, além do comunicado que vocês divulgaram (explicando que candidatos não podiam subir nos palcos do Rock in Rio), teve orientação para os artistas diretamente?

Não. A única orientação foi: não podem candidatos a essas eleições (nos palcos) e o alerta de que cada um tem a responsabilidade de conhecer a lei eleitoral, que é do período vigente, e pronto.

Do primeiro fim de semana para esse, tem alguma coisa que vocês tenham melhorado?

Não, a gente conseguiu ajustar muito para domingo (4). Foi um dia muito perfeitinho. E agora eu acho que é importante, para a galera que vem neste sábado (10): tem risco de chover. Então a mensagem é: quando acaba o Palco Mundo, tem muita coisa para fazer. Tem o NDO (New Dance Order) rolando, tem o show Segue o Baile (de Zé Ricardo, diretor artístico do Palco Sunset e do Espaço Favela) no Sunset… É a galera curtir a Cidade do Rock até um pouco mais tarde para ir saindo aos poucos. Então vir preparado: se tem risco de chover, capa de chuva. Vê a temperatura se vai baixar, aí um casaco. Eu acho que é a preparação para o ambiente, entendendo que tem que sair aos pouquinhos para que a experiência seja sempre positiva.

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