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Rio: Primeiras Poses – Visões da Cidade a Partir da Chegada da Fotografia (1840-1930)

Rio Primeiras Poses (Augusto Malta/Coleção Brascan Cem Anos no Brasil/Acervo Instituto Moreira Salles/)

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Locais e Horários

Resenha por Rafael Teixeira

**1/7** A Praça Mauá por Augusto Malta: foto de 1921 *(Augusto Malta/Coleção Brascan Cem Anos no Brasil/Acervo Instituto Moreira Salles)*

**2/7** Leme, por José Augusto de Paiva Meira (c. 1921). Piloto de hidroaviões da Marinha, o fotógrafo produziu diversas imagens aéreas da cidade. Detalhe: parte do calçadão, à direita, havia sido destruída por uma ressaca *(José Augusto de Paiva Meira/Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles)*

**3/7** Lagoa Rodrigo de Freitas, por Marc Ferrez (c. 1888). Um dos mais ativos fotógrafos da cidade no fim do século XIX, o franco-brasileiro capturou um inusitado registro do espelho-d’água da Zona Sul carioca, ainda bucólico, quase rural, e praticamente sem edificações. Ao fundo aparece a extinta Companhia de Fiação e Tecelagem Corcovado, que ficava na região entre o Jardim Botânico e o Horto *(Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles)*

**4/7** Praia de Ipanema, por José Baptista Barreira Vianna (c. 1900). Família tradicional da Tijuca, os Barreira Vianna compraram uma casa em Ipanema, na altura de onde hoje é a Rua Francisco Otaviano. Na imagem, o bairro ainda é um grande areal *(José Baptista Barreira Vianna/Coleção Barreira Vianna/Acervo Instituto Moreira Salles)*

**5/7** Paisagem de Santa Teresa, por Marc Ferrez (c. 1885). Aqui, mais curioso do que a paisagem (com a Rua Cândido Mendes, que sobe da Glória, no canto inferior direito) é a dupla aparição do próprio Ferrez, de calça mais clara, e de um amigo desconhecido na foto. A explicação é simples: a câmera era dotada de um mecanismo de varredura, que produzia uma imagem ao longo de vários minutos a partir de cliques sucessivos. Enquanto o equipamento fazia a panorâmica, os amigos mudavam de lugar diante da lente para aparecer duas vezes na mesma imagem *(Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles)*

**6/7** Rua Primeiro de Março, por Georges Leuzinger (sem data). Não há registro da data da foto, mas é provável que tenha sido feita quando a via ainda se chamava Rua Direita. É possível ver veículos puxados por cavalo e a Igreja da Ordem Terceira do Carmo *(Georges Leuzinger/Acervo Instituto Moreira Salles)*

**7/7** Visitantes diante do telão: a projeção passeia por fotos ampliadas *(Selmy Yassuda)*

Entre as diversas ações que têm pipocado em comemoração dos 450 anos do Rio, esta imperdível mostra ocupa um lugar destacado. Possível somente graças a um consistente trabalho do Instituto Moreira Salles na restauração e conservação de fotos antigas, Rio: Primeiras Poses — Visões da Cidade a Partir da Chegada da Fotografia (1840-1930) reúne mais de 400 registros da cidade, pertencentes ao acervo da instituição. Sob a curadoria de Sergio Burgi, a alentada seleção traz pioneiros como Marc Ferrez (1843-1923), Georges Leuzinger (1813-1892) e Augusto Malta (1864-1957), entre muitos outros. Trata-se de fotografias para admirar sem pressa — à parte a beleza das imagens, há a graça de tentar localizar edifícios, monumentos e logradouros de hoje em cenas da virada do século XIX para o seguinte. Duas mesas interativas, sensíveis ao toque, potencializam a experiência: nelas, os visitantes podem ampliar dezenas de fotos, passear por seus detalhes e ainda descobrir, por meio de um mapa da cidade, o ponto exato onde foram clicadas. No fundo da galeria, uma projeção de 2,74 metros de altura por 9 metros de largura exibe outras imagens, todas de Ferrez, também expandidas de modo a revelar seus pormenores. Dois monitores apresentam fotosem estereoscopia, que, vistas com óculos especiais, criam um efeito tridimensional.

Rio: Primeiras Poses – Visões da Cidade a Partir da Chegada da Fotografia (1840-1930)

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Resenha por Rafael Teixeira

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