O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki traz à tona um personagem real. Em 1962, o padeiro e boxeador Olli Mäki (Jarkko Lahti, na foto) aceitou um grande desafio. Saiu de sua pequena cidade, no interior da Finlândia, para ser treinado na capital, Helsinque, e assim enfrentar o americano Davey Moore, então campeão da categoria peso-pena. O país ficou em polvorosa e Mäki virou celebridade. Mas, ao mesmo tempo que tinha tudo para se tornar uma lenda, o lutador se apaixonou pela graciosa Raija (Oona Airola). Estreante no longa-metragem, o diretor Juho Kuosmanen ouviu, em 2011, essa história do próprio Olli Mäki, hoje um senhor de 80 anos, com Alzheimer em estágio avançado. Kuosmanen transpôs o episódio verídico para o cinema com uma nostálgica fotografia em preto e branco e muita cautela para abordar a trajetória de um homem dividido entre o amor e a carreira, entre a razão e a emoção. Direção: Juho Kuosmanen (Hymyilevä Mies, Finlândia/Alemanha/Suécia, 2016, 92min). 12 anos.