Lafayette & Os Tremendões

- Recomendação: 16 anos
Resenha por Rafael Cavalieri

O carioca Lafayette Coelho Varges Limp, 72 anos, teve participação fundamental na jovem guarda de Roberto e Erasmo Carlos. Prova disso é o inconfundível som do seu órgão Hammond B-3 ouvido em clássicos do rei como Não Quero Ver Você Triste Assim e Quero que Vá Tudo pro Inferno. Fã do tarimbado colega, Gabriel Thomaz, da banda Autoramas, montou em 2004 outro grupo para celebrar o mestre — e convidou o homenageado a integrá-lo. A Nova Guarda de Lafayette & Os Tremendões, o segundo disco do conjunto, passou do cover à produção autoral. Esse trabalho, uma ponte entre o rock de ontem e o de hoje, abastece a apresentação de quinta (3), na Miranda. Lafayette, nos teclados, divide o palco com Thomaz (guitarra e voz), Renato Martins (guitarra e voz), dos grupos Acabou La Tequila e Canastra, Érika Martins (percussão e voz), também do Autoramas e ex-Penélope, Nervoso (guitarra e voz), do Nervoso e os Calmantes, Melvin Fleming (baixo), do Autoramas e do Carbona, e Raphael Miranda (bateria).
Canções como Só Verão e Deixa que Eu Deixo são agradáveis novidades, mas não tem jeito: o auge das apresentações ao vivo se dá quando o passado é revisitado. A plateia vem abaixo quando reencontra pérolas como O Portão, Além do Horizonte e Pare o Casamento. Todas ao som do órgão inconfundível de Lafayette.
O encontro: no bar Caneco 90, em Niterói, onde Lafayette tocava, Gabriel convidou-o para se apresentar em seu casamento e pediu autógrafos em vários discos antes de convencê-lo a entrar para a banda