Eu Sou Carlos Imperial

- Direção: Renato Terra e Ricardo Calil
- Duração: 90 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Brasil
- Ano: 2015
Resenha por Miguel Barbieri Jr.


Diretores do badalado (e superestimado) Uma Noite em 67, Renato Terra e Ricardo Calil voltam-se, no novo documentário, para uma personalidade singular do mundo artístico. O título em primeira pessoa cai como uma luva para um biografado egocêntrico. Eu Sou Carlos Imperial descreve, por meio de depoimentos sintéticos e muitas imagens de arquivo, a polêmica figura do “descobridor” de Tim Maia, Wilson Simonal e Roberto Carlos (sim, há uma entrevista com o Rei). Imperial (1935-1992), conhecido rei da pilantragem, passeou pela música (é autor, por exemplo, do hit A Praça), pela TV (teve um programa de auditório), pelo cinema, como diretor e ator de pornochanchadas, e até pela política. Era um “colecionador” de mulheres, desbocado, machista e mentiroso profissional. A dupla de cineastas mostra suas várias faces (e fases) apoiada em declarações reveladoras, incluindo algumas do próprio Imperial. Assim como o bordão criado por ele para informar o resultado das notas das escolas de samba nos anos 80, o filme é de uma eficiência “10, nota 10!”. Estreou em 16/3/2016.