2500 por Hora
- Duração: 90 minutos
- Recomendação: 12 anos
Resenha por Rafael Teixeira
Escrita pelos franceses Jacques Livchine e Hervée de Lafond, a comédia 2 500 por Hora parte de uma ideia tão simples quanto aparentemente hercúleo é o trabalho de desenvolvê-la: condensar, como sugere o título, 2,5 milênios de história do teatro em sessenta minutos (na verdade, uma troça só revelada em dado momento do espetáculo, que dura meia hora a mais). Cenas de Eurípides, Shakespeare, Tchekov e Beckett, entre tantos outros, são alinhavadas e pontuadas pela exposição de momentos-chave dessa trajetória — um tanto didáticas, o que a direção de Moacir Chaves abraça e equilibra com injeções de humor. Na adaptação de Monica Biel (também no elenco com Henrique Juliano, Claudio Gabriel, Joelson Medeiros e Júlia Marini, com destaque para os três últimos) acrescenta-se ao desafio original a inclusão, bem-sucedida, diga-se, da história do teatro brasileiro, representado por nomes como João Caetano e Nelson Rodrigues. A ausência de um ou outro ícone das artes cênicas pode eventualmente ser sentida por conhecedores, sem que isso comprometa o prazer do público.