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Bienal do Livro 2021: a programação completa do evento até 12 de dezembro

O maior evento literário do país começa nesta sexta (3), na Barra, com formato híbrido. Confira as principais atrações e os nomes confirmados

Por Luiza Maia
Atualizado em 2 dez 2021, 17h17 - Publicado em 2 dez 2021, 15h30

Com mesas e debates sobre desigualdades, política, religião, pandemia, passando por temas LGBTQIA+ e da cultura pop, entre muitos outros, a 20ª Bienal Internacional do Livro do Rio tem início nesta sexta (3) e vai até 12 de dezembro. Pela primeira vez, o maior evento literário do país terá formato híbrido, com transmissão ao vivo pela plataforma Bienal 360º, e ocupará um espaço reduzido no Riocentro – em vez dos três tradicionais pavilhões (azul, verde e laranja), apenas dois receberão as atrações.

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Neste ano, haverá também somente um local para as conversas mediadas, a Estação das Letras, no pavilhão azul. Já na plataforma de cor laranja, haverá um espaço dedicado ao público infantil, Metamorfoses, que traz uma exposição imersiva com cenários interativos de temas literários

A cerimônia de abertura nesta sexta (3), às 10h, contará a presença do prefeito Eduardo Paes e dos secretários municipais e estaduais de Educação e de Cultura. Serão homenageados o grande escritor Zuenir Ventura, que marcou a história do festival literário, e a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, que receberá o Prêmio José Olympio por sua contribuição para o mercado editorial brasileiro.

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Entre os principais escritores confirmados na programação, estão as americanas Julia Quinn, autora da coleção que inspirou a série da Netflix Bridgerton, e Beverly Jenkins, presentes de forma virtual em um bate-papo na terça (7), sobre a febre dos romances de época.

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Outro destaque internacional é a jornalista e escritora argentina Mariana Enriquez, autora da obra fantástica Nossa Parte de Noite, que participará de um debate sobre as narrativas do Horror e do Fantástico ao lado de Matt Ruff, autor da ficção adaptada pela HBO Lovecraft Country e Josh Malerman, escritor do livro Bird Box (Caixa de Pássaros), que foi transformado em filme pela Netflix.

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Nomes nacionais também marcam presença em diferentes debates, como Luiz Antonio Simas, Conceição Evaristo, Aílton Krenak, Teresa Cristina, Fábio Porchat, Felipe Neto, Thalita Rebouças, Vitor Kley e Lulu Santos – que lança o livro “Lulu em Traço & Verso”, sobre seus grandes sucessos da carreira, no sábado (4).

Ao todo, 42 mesas, 85 editoras e 140 selos estão confirmados na Bienal 2021. Para entrar no evento, que terá capacidade limitada de visitantes, será obrigatório o uso da máscara de proteção facial e a apresentação do comprovante da vacina contra a Covid-19.

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Confira a programação completa do evento:

3 de dezembro (sexta)

“Para seguir em frente”, às 17h.

A mesa de abertura da edição 20ª da Bienal Internacional do Livro Rio, receberá Allan Dias Castro, Bráulio Bessa e Priscilla Alcântara para conversar sobre sua inspiração, fé e poesia, amor e resiliência. A mediação é do pesquisador e roteirista Pedro Alvarenga.

4 de dezembro (sábado)

“As desigualdades e as elites no Brasil”, às 11h.

O sociólogo Jessé Souza, o jornalista Muniz Sodré e a fundadora do Instituto Identidades do Brasil, colunista e apresentadora Luana Génot debatem os rumos da desigualdade e das elites no Brasil da covid às vésperas das eleições e falam de seus novos livros, respectivamente: “Como o racismo criou o Brasil” “A Sociedade Incivil: Mídia, liberalismo e Finanças”; e “Mais forte: entre lutas e conquistas”.A mediação é do jornalista Ruan de Sousa Gabriel.

“Acadêmicos pós-pandêmicos”, às 13h.

Através dos tempos, a filosofia, ou o amor pela sabedoria, nos ajuda a fazer uma reflexão sobre a atualidade. Com Geraldo Carneiro, Antônio Cícero, Rosiska Darcy de Oliveira, Antônio Tores e mediação de Bia Correa do Lago.

“Em todas as mídias”, às 15h.

Thalita Rebouças e Paula Pimenta são autoras consagradas do universo pop juvenil, com obras adaptadas para as mais variadas telas. Vitor Kley é músico de sucesso e autor estreante do livro infantil “A turma do menino Sol”, que faz parte de um projeto musical com três volumes e clipes em animação. Nesta conversa sobre o deslizamento de narrativas por diversas mídias, os autores falam das suas experiências contando histórias nesses diferentes formatos. A mediação é da diretora e autora Leticia Pires.

“Flup – Da periferia para o centro. Do centro para a periferia”, às 17h.

Heloisa Buarque de Hollanda e Ana Maria Machado, que foram fundamentais para a história da Flup, entrevistam quatro personagens que passaram pela Flup Pensa. Jessé Andarilho, Rodrigo Santos, Yasmin Thayná e Monique Nix. Os quatro personagens são da primeira geração da Flup. As seis pessoas estavam na primeira noite de nosso processo formativo. Todas elas foram transformadas por aquela noite no Casarão dos Prazeres

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“Lulu Traço & Verso: 40 anos de carreira”, às 19h.

No palco da Estação Plural o cantor e compositor Lulu Santos lança seu livro “Lulu em Traço & Verso”, que reúne letras e cifras musicais de grandes sucessos de sua carreira ilustradas pelo artista gráfico Daniel Kondo. A mesa promete boas histórias, recordações afetivas e, é claro, muita música. A mediação é do jornalista Marcelo Cosme.

5 de dezembro (domingo)

“Jornalismo e democracia sob ataque”, às 11h.

Para debater o jornalismo em tempos insones, participarão a colunista da Globonews Míriam Leitão, a repórter da Folha de São Paulo Patrícia Campos Mello (on-line) e a jornalista Cecilia Olliveira, do El País Brasil. Míriam e Patrícia também falam de seus mais recentes livros, respectivamente: “A democracia na armadilha: crônicas do desgoverno”; e “A máquina do ódio: Notas de uma repórter sobre fake news e violência digital”. A mediação é da jornalista Paula Cesarino.

“Fantasia e Tormenta”, às 13h.

Romances de Tormenta e Fantasia se tornaram ainda mais populares durante a pandemia entre os leitores no Brasil e do mundo. Se por um lado, proporcionam escapismo, por outro, são narrativas que oferecem uma reflexão sobre a atualidade através da conexão de universos metafóricos. Nesta mesa os autores Karen Soarelle, Raphael Draccon (on-line) e Leonel Caldela conversam sobre a globalização de livros e autores e as adaptações dessas obras para outros formatos de entretenimento que potencializam as linguagens e narrativas dessas obras. A mediação é do editor e autor Guilherme Dei Svaldi.

“Horror nosso de cada dia”, às 15h.

Mariana Jaspe e Dennison Ramalho provocam um diálogo sobre as narrativas do Horror e do Fantástico, articulando a ponte entre as relações travadas pelo gênero do horror, tanto entre ficção e realidade, como entre palavra e imagem, em correlação com as obras dos autores convidados, Mariana Enriquez, Matt Ruff e Josh Malerman (todos on-line).

“Ficção e realidade no crime”, às 17h.

Conduzida por Carol Moreira e Mabê Bonafé, apresentadoras do podcast de sucesso Modus Operandi, a mesa “ficção e realidade no crime”, traz os autores Raphael Montes e Ivan Mizanzuk para uma conversa sobre histórias de crimes reais brasileiros, publicados e adaptados como ficção ou documentários investigativos que colocam o gênero true crime como um fenômeno crescente e cada vez mais relevante na cultura pop, responsável por fornecer entretenimento e gerar debates relevantes para a sociedade.

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“Amazônia: um olhar de dentro da floresta”, às 19h. 

Embora tenhamos argumentos utilitaristas sobre a importância da região amazônica para o aquecimento global, para o clima e a economia brasileira, estamos interessados em desenvolver conexões espirituais e emocionais do público com a floresta, trazendo novas perspectivas para nossas relações com as plantas e sua biodiversidade. Participam os convidados Monica Gagliano (on-line), Rita Carelli, Eliane Brum (on-line) e André Fernando Baniwa, com mediação de Estevão Ciavatta.

6 de dezembro (segunda)

“O mestre do mangá”, às 10h.

Um diálogo investigativo do corpo de trabalho, trajetória e das motivações artísticas do célebre autor Junji Ito (on-line), um dos maiores Mangakás em atividade. O autor se destaca por ser um especialista em histórias de horror. Com mediação de Miriam Castro (Mikannn) e Kika Hamaoui.

“Sala Black Power” (Sessão Expositor – Mostarda), às 15h.

Um debate capaz de trazer à tona questões sobre ética e diversidade com destaque para o papel da leitura e da educação como ferramentas de transformação e empoderamento. Com  Júlio Emílio Braz e mediação de Majori Silva..

“Nem tão esotérico assim”, às 17h.

Pra ser mais leve, ou pesado, dependendo da lua. As previsões astrais, os personagens, a escrita “literária” para prever o futuro num biscoito da sorte. Com A Bruxa Preta, Houhou, Claudia Lisboa e mediação de Ana Paula Lisboa.

“Améfrica”, às 19h.

Uma mesa para olhar o conceito cunhado pela Lélia Gonzalez por criadores em diferentes áreas: literatura, teatro, cinema, música. Com Taisa Machado, Rodrigo França, Tamiris Coutinho e mediação de Ana Paula Lisboa.

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7 de dezembro (terça)

“O desenvolvimento de histórias de romance em livros de fantasia” (Sessão expositor Record), às 11h.

O desenvolvimento das narrativas de romance em livros de fantasia. Com V. E. Schwab (on-line) e mediação de Giu Domingues.

“Pop é romance de época”

Livros do gênero Romances de Época, com abordagens e personagens que atualizados nas questões contemporâneas, viraram febre entre os jovens no Brasil e queridos das plataformas de streaming. Nesta mesa, as autoras americanas Julia Quinn (on-line) e Beverly Jenkins (on-line) conversam com as brasileiras Babi A. Sette e Paola Aleksandra sobre os desafios de modernizar o gênero considerando as conquistas das lutas identitárias da atualidade. A mediação é da autora Frini Georgakopoulos.

“Ainda sobre o futuro”, às 17h.

Quem manteve nossos olhos abertos e o coração quente em 2020. Papo com Pretinhas leitoras (Helena Ferreira e Duda Ferreira), Luiz Antônio Simas e Teresa Cristina, mediado por Ana Paula Lisboa.

“Como vai sua cabeça? Os desafios da saúde mental neste momento da pandemia”, às 19h.

A Covid-19 trouxe como efeito colateral uma explosão de medo, ansiedade, insônia, dor, cansaço. E agora que o mundo começa a retomar atividades presenciais, outros dilemas surgem em nossas vidas: euforia, insegurança, culpa… Como lidar com tudo isso? Para compartilhar experiências e nos ajudar a viver melhor nestes tempos tão confusos, convidamos a escritora, mestre em Psicologia Social e ativista anticolonial Geni Nuñez (on-line); o psicanalista, escritor e professor do Instituto de Psicologia da USP Christian Dunker (on-line) e a médica de família e comunidade, escritora, cantora e compositora Julia Rocha. A mediação será da jornalista e supervisora de conteúdo audiovisual Fátima Sá.

8 de dezembro (quarta)

“Os desafios de nos tornar quem somos” (Sessão Expositor – Intrínseca), às 15h.

Nesta mesa, as autoras Jenna Evans Welch (on-line) e Tracy Deonn (on-line) falam de seus livros Amor & azeitonas e Lendários, respectivamente, e conversam sobre histórias de amadurecimento e os desafios em traçar seu próprio caminho na vida. A mediação será feita pela escritora Clara Savelli, autora de As férias da minha vida.

“Política é pop”, às 17h.

Gabriela Prioli, Felipe Neto (on-line), Vitor diCastro e Bielo Pereira contam como a nova geração, que parecia “desconectada” da política, ganha milhões de seguidores causando “boom” on-line! Mediado por Claudia Sardinha.

“Fé e juventude”, às 19h.

O desejo de menos intolerância religiosa, mais respeito em relação às diferenças e a união entre os povos são posicionamentos comuns de Pedro Siqueira, Yalorixá Luana de Oyá, Pastor Henrique Vieira (a definir) e Rabino Lucca Myara (a definir). Estes jovens estão à frente de diferentes movimentos religiosos e transitam por diversas mídias para expressar sua fé, passar mensagens de esperança e se conectar. Com a proposta de promover um diálogo entre diferentes religiões e o público, esta mesa conta com a mediação de Pedro Alvarenga.

9 de dezembro (quinta)

“Reformulando clichês” (Sessão Expositor – Sextante), às 11h.

Masculinidade tóxica em pauta, protagonistas que desafiam o patriarcado, mudança na dinâmica de influência, além de muitos tropos (clichês). Esses e outros temas podem ser encontrados nos romances de época de Scarlett Peckham (Os Segredos da Charlotte Street) e nos contemporâneos de Lyssa Kay Adams (O Clube do Livro dos Homens). As duas autoras americanas vão conversar on-line sobre tudo isso e muito mais. A mediação é da autora Frini Georgakopoulos.

“Estantes virtuais: indicações dos booktubers e booktokers nas listas de sucesso”, às 17h.

Tiago Valente (otiagovalente), Wlange Keindé (ficçomos) e Nanna Sanches (livraneios) falam sobre os seus processos de escolhas de livros, as diferenças de criação de conteúdo e de formato para as diferentes redes sociais e como assimilam o fato de que suas indicações influenciam nas escolhas de muitos jovens e no mercado literário. A mesa, que tem a mediação da autora Frini Georgakopoulos, conta a participação especial de Casey Mcquiston (on-line), autora do livro “Vermelho, branco e sangue azul”, um dos maiores sucessos literários da atualidade e que tem a sua trajetória entrelaçada por essa rede de influenciadores.

“Os Novos Rumos da Literatura LGBTQIAP+ Young Adult”, às 19h.

A mesa “Os Novos Rumos da Literatura LGBTQIAP+ Young Adult” será no dia 9 de dezembro, às 19h. Para debater como obras de YA com representatividade LGBTQIAP+ estão formando uma nova geração de leitores, são convidados: a escritora Clara Alves, autora do best-seller Conectadas (Seguinte,2019); a escritora Elayne Baeta, com o recém lançado, Oxe, Baby (Record, 2021); Juan Jullian, autor do romance Querido ex (Record, 2020); o escritor Pedro Rhuas, autor do best-seller Enquanto eu não te encontro (Seguinte, 2021); e o escritor Deko Lipe, amante da literatura infantil, infanto-juvenil LGBTQ+, e idealizador do projeto literário Primeira Orelha. Mediação de Felipe Cabral.

10 de dezembro (sexta)

“Eu posso escrever – o percurso entre o desejo de contar uma história e sua publicação”, às 11h.

O contexto vivido durante a pandemia acentuou um desejo de muitas pessoas: escrever. Mais do que nunca, ir ao encontro da própria escrita e da descoberta da própria voz demonstrou ser um poderoso instrumento de elaboração e transformação – individual e social. E muitas vezes, de sobrevivência. Libertar as palavras para também se libertar através delas. É nesse efervescente contexto que situaremos nossa conversa reunindo autores que trilharam diferentes percursos na construção de suas primeiras histórias, Aline Bei, Stênio Gardel, Cristiane Sobral e Binho Cultura, mediados por Marcelino Freire.

“Ancestralidade e memória nas letras presentes”, àas 13h.

As pegadas ancestrais nas letras nacionais. As memórias individuais e coletivas, conscientes e inconscientes na literatura brasileira. O trabalho de preservação e resgate de histórias, culturas e referências por intermédio da escrita. Tudo será debatido por Leda Maria Martins, Graciela Guarani (on-line), Fabiana Cozza e Nei Lopes, com mediação de Eliane Alves Cruz.

“De repente, uma criança na minha vida”, às 15h.

Os autores Tati Bernardi, Leo Aversa e Christian Figueiredo, também youtuber, trazem para esta mesa relatos reais, bem humorados e por vezes desesperados de suas experiências de maternidade e paternidade. A chegada de uma criança transforma como esses autores e cronistas da atualidade veem o mundo. Com mediação de Maíra Oliveira.

“Poesia para re (existir)”, às 17h.

Nestes tempos permeados por inúmeras incertezas, a poesia é a afirmação de nossa existência e os poetas, independentemente de sua origens e trajetórias, acionam a poesia para re (existir) as adversidades sociais, políticas e também afetivas que todos os dias batem em nossas portas. Nesta mesa os poetas Akapoeta, Luciene Nascimento, Michel Melamed, Jarid Arraes e Tom Grito falam sobre suas escritas recentes e como elas tentam traduzir a forma como sentem e vivem a atualidade. Mediação é de Gabriela Gomes.

“Futuros imaginados”, às 19h.

Como visões diversas de mundo podem pensar os tempos vindouros e contribuir de alguma forma para transformá-los. Distopias e utopias pensadas por artistas da literatura e do áudio visual, que tem no futuro matéria prima de suas obras. Com os convidados Lázaro Ramos, Ale Santos, Aza Njeri e Elisio Lopes Jr.

11 de dezembro (sábado)

“O bem-viver”, às 11h.

Os autores Ana Claudia Quintana Arantes, Ana Michelle Soares (AnaMi) e Fabrício Carpinejar escrevem sobre como é possível viver de forma plena mesmo nos momentos mais difíceis, como por exemplo, a perspectiva da morte, um tabu em nossa sociedade. Saber como é precioso aproveitar cada momento é uma das receitas de bem viver e um dos temas dessa mesa com mediação da cineasta e autora Rosane Svartman.

“A construção do feminino”, às 13.

Simone de Beauvoir, escritora e pensadora feminista proeminente, resume: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. Historicamente, a imagem do feminino foi sendo construída através da dimensão subjetiva de uma sociedade que valoriza o masculino. As autoras Ana Paula Araujo, Bruna Maia, Jaqueline Vargas e Luh Maza, mediadas pela também autora e professora Cristiane Costa, irão refletir sobre esses mecanismos de manutenção de poder, preconceito, arquétipos e expectativas ligadas ao feminino, além da violência que surge do machismo estrutural.

“A nação da língua”, às 15h.

Um debate sobre o quanto a língua pode definir do lugar em que nascemos ou habitamos. O território cabe no idioma? Ele pode traduzi-lo ou explicar. Existem linguagens universais? O quanto do idioma temos no nosso lugar e vice-versa. Qual a relação entre a morte de um povo e o idioma? Quais filosofias as palavras encerram? Uma conversa necessária neste momento em que o mundo discute intensamente as questões do desterro, do refúgio, dos apagamentos de culturas e dos genocídios, com Aílton Krenak (on-line) e Daniel Munduruku e mediação de Thelma Guedes.

“Ela – Carolina Maria de Jesus”, às 17h.

Se torna cada vez maior também o reconhecimento da importância e da influência do caminho aberto por Carolina Maria de Jesus para muitas outras escritoras e artistas. Com uma exposição histórica no IMS, o projeto de lançamento de seus diários (“Casa de alvenaria”, Cia das Letras), a publicação de “Cartas a uma negra” (Françoise Ega, Ed. Todavia) e a coletânea “Carolinas” (projeto da Flupp, Ed. Boitempo), Vera Eunice de Jesus, Fernanda Felisberto, Eliane Alves Cruz e Jeferson De. vão conversar sobre essas múltiplas leituras e visões neste momento em que, através da luz trazida por ela, discutimos também, além de literatura, o nosso país. Com mediação de Daniele Salles.

“Histórias para acordar um país de seus sonos injustos”, às 19h.

A nossa escrevivência não é para adormecer os da casa-grande, e sim acordá-los de seus sonos injustos.” – escreveu Conceição Evaristo (on-line), uma das maiores escritoras brasileiras e uma das mais respeitadas vozes contemporâneas. Itamar Vieira Junior, aos 42 anos, conseguiu com seu primeiro romance, “Torto Arado”, um reconhecimento muito grande de público e crítica, se tornando um fenômeno de vendas. Autores de gerações diferentes que constroem suas narrativas a partir de espaços de exclusão e refletem, através delas, um país em transformação que não nega ou silencia as histórias de sua formação. Mediado por Rosane Borges.

12 de dezembro (domingo)

“Eu amo ler”, às 11h.

Além da paixão pela leitura, Fábio Porchat, Antonio Fagundes, Otavio Júnior e Lua Oliveira fazem questão de festejar os livros e espalhar essa vontade inquebrantável de mergulhar na literatura por seus territórios, redes sociais e claro, livros. Essa mesa é uma homenagem aos leitores que estarão no palco e na plateia. A mediação será do cineasta e autor Paulo Halm.

“Gilberto Braga: homenagem a um grande contador de histórias”, às 13h.

Nas diversas adaptações literárias e novelas originais, Gilberto narrou o país para milhões de pessoas diariamente. São 40 anos de novelas como “Senhora” (1975); “Escrava Isaura” (1976); “Dona Xepa” (1977); “Dancin’ Days” (1978); “Força de um Desejo” (1999); “Celebridade” (2003) e outras. A mesa é uma homenagem a um dos maiores contadores de histórias que o Brasil já teve, com participação de Fernanda Montenegro (on-line), Ricardo Linhares, Mauricio Stycer, Silvio de Abreu e a mediadora Bia Correa do Lago.

“Invisíveis?”, às 15h.

Eles ajudam a potencializar as maiorias minorizadas. Através de seus trabalhos, dão vazão a quem deve ser escutado em cada canto do país, sendo pontes para diálogo em um momento de polarização. O papo será com Caco Barcellos (on-liine), Juliano Spyner, Rene Silva, Erika Hilton e mediação de Edu Carvalho.

“O amor é outros percalços”, às 17h.

Como definir o que sentimos quando desejamos ser desejados pelo outro? Ou outros? É amor, paixão, atração ou só mania? Existem várias formas de amar e apesar da impossibilidade de uma tradução em palavras do que sentimos, poetas, autores e cronistas continuam debruçados sobre o tema, tentando. Nesta mesa os autores Renato Noguera, Natalia Timerman, Igor Pires e Krishna debatem a eterna busca pelo par ideal (ou pares) e a necessidade de compreendermos o amor para além do amor romântico. A mediação é da roteirista, escritora e dramaturga Renata Correa.

“Vozes LGBTQIAP+: o que vem pela frente?”, às 19h.

Além dos desafios impostos pela pandemia, a comunidade LGBTQIAP+ também se viu, nos últimos anos, diante do aumento de discursos de ódio, invenções como o “kit gay” e a “ideologia de gênero”, e até mesmo uma tentativa de censura na última Bienal. Os autores convidados irão conversar sobre como a instabilidade política do país se refletiu na nossa literatura e como suas obras nos ajudam a pensar o momento presente e a construir um futuro melhor. Com Amiel Vieira, Renan Quinalha, Letícia Carolina Nascimento, Samuel Gomes, Natalia Borges Polesso e o mediador Felipe Cabral.

+ Edição pós-pandemia da feira de livros aposta na ficção

Riocentro. Avenida Salvador Allende, 6555, Barra. 3 a 12 de dezembro. Sex.,9h/22h; sáb. e dom., 10h/22h; seg. a qui., 9h/21h. R$ 40,00 (inteira). Ingressos pelo www.bienaldolivro.com.br.

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