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‘Fora Bolsonaro!’, diz Carol Solberg, provocada por Fabio Porchat

Em entrevista ao GNT, ela disse ter se sentido 'totalmente censurada' e reclamou da neutralidade imposta aos atletas do país

Por Cleo Guimarães
20 out 2020, 17h09

Entrevistada remotamente no Papo de Segunda, no GNT, a jogadora de vôlei de praia Carol Solberg repetiu, a pedido de Fabio Porchat, o “Fora Bolsonaro!” que lhe valeu uma advertência do STJD. Por ter feito a manifestação em uma entrevista ao vivo depois de conquistar uma medalha recente, ela foi multada e proibida de repetir o gesto em ambientes esportivos. 

Em sua participação no programa, Carol disse ainda que se sentiu censurada e decidiu recorrer da punição a que foi submetida na última terça (12). Leia abaixo alguns trechos da entrevista:

“Não me sinto aliviada por terem decidido somente pela advertência. De jeito nenhum. Me senti totalmente censurada. Dei um grito de desabafo por tudo o que está acontecendo no país, esses absurdos todos. Acho uma loucura alguém dizer o que eu posso e o que eu não posso falar.”

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“Me incomoda muito essa neutralidade imposta aos atletas. Acho curioso que a sociedade fala sempre que os atletas são exemplos para as crianças, para as novas gerações. Fico pensando que exemplo é este de uma pessoa totalmente alienada, que não fala nada sobre o que pensa, que não está nem aí para o que está acontecendo. Se o atleta não pode falar, ele não é exemplo de nada. Não dá para ficar quieto diante de tanta barbárie.”

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“Eu não usei a entrevista como palanque ou fiquei fazendo propaganda de determinado candidato. Eu manifestei a minha indignação com este governo, que mata a população preta e pobre, que está destruindo nosso meio ambiente, faz apologia a torturadores. Nós temos um presidente que participa de atos pedindo a volta do AI-5, que promove o desmonte total da nossa cultura, despreza os nossos maiores artistas, ameaça a imprensa. É uma atrás da outra. Ri da nossa cara, mente. Não é só política, é uma questão de direitos humanos, vai para outro lugar. É uma indignação.”

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“O atleta tem que poder falar o que ele quiser, essa é a minha opinião. Não tem nem como ficar negociando, posso falar até ali, até aqui. Quero estar numa entrevista e me sentir à vontade, falar o que eu quiser, o que eu acredito. Sou uma cidadã, tenho esse direito”.

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No final da entrevista, Porchat questionou Carol sobre o que ele precisaria falar se tivesse um filho chamado Bolsonaro dentro de casa e quisesse que o menino saísse para o lado de fora. Carol riu e mandou um “Fora, Bolsonaro!”. Por mais que tenha sido “proibida” de repetir a manifestação sob ameaça de penalidade mais dura, a advertência se restringe apenas ao que é dito em ambientes esportivos. Ou seja, desde que a lei seja respeitada, a atleta não corre o risco de sofrer nenhuma outra sanção por parte do STJD, por ter participado da brincadeira proposta pelo entrevistador.

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