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Um fim de tarde com os Novos Baianos: os bastidores da live

A emoção marcou o reencontro do grupo, que se apresentou pela primeira vez após a morte de Moraes Moreira

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 11 ago 2020, 21h07 - Publicado em 10 ago 2020, 22h54

Após cinco meses de home office chegou a hora de sair de casa para trabalhar. O local: uma casa aos pés da Pedra da Gávea, onde os Novos Baianos se reuniriam pela primeira vez após o início da pandemia e a morte de Moraes Moreira, em abril, em decorrência de um ataque cardíaco.

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O motivo do encontro era a gravação de uma live, transmitida pelo YouTube da cervejaria Devassa, na tarde do último sábado (8). Todas as pessoas envolvidas na produção, inclusive a repórter de Veja Rio, precisaram fazer um exame de sangue para comprovar que não estavam infectadas pelo novo coronavírus.

A 33 minutos do início da transmissão ao vivo, Paulinho Boca de Cantor e Pepeu Gomes passavam o som ao lado do percussionista Guerrinha, do baixista Didi Gomes, do baterista Jorginho Gomes – irmãos de Pepeu – e de Pedro Baby, que teve a difícil tarefa de assumir os violões de Moraes Moreira.

Baby do Brasil apareceu logo depois, com os cabelos habitualmente roxos e algumas mechas cor-de-rosa, para aquecer a voz com Acabou Chorare. Antes disso, a cantora puxou uma rápida oração. “Além de popstora, sou rockstora e punkstora. Conexão direta com o senhor”, declarou, arrancando risadas dos cerca de trinta profissionais que trabalhavam nos bastidores.

Moraes foi lembrado o tempo todo e fez falta. Os vocais de Preta, Pretinha e Acabou Chorare, apesar de bem executados por Paulinho Boca de Cantor e Baby do Brasil, respectivamente, remetiam ao grande músico e causaram certa melancolia.

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Os artistas foram surpreendidos com um vídeo em que vários nomes da MPB homenageiam o pai de Davi Moraes cantando Preta Pretinha e se emocionaram no palco.

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Ao fim apoteótico com Brasil Pandeiro, composição de Assis Valente, a equipe de produção veio abaixo, entre palmas e lágrimas.

Após a apresentação, Baby, Pepeu e Paulinho relaxaram e disseram que têm fôlego para, depois da vacina, gravar discos de inéditas e voltar a viajar pelo Brasil, como nos velhos tempos.

Novos Baianos: tinindo e trincando, cheios de planos para o pós-pandemia (Marcela Capobianco/Veja Rio)

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“Imaginei que havia três milhões de pessoas aqui hoje. Temos consciência de que fizemos história e somos parte da vida de muitos brasileiros. E a história não pode parar, né? Novos Baianos é uma unidade musical e vai seguir firme, com novas músicas e canções antigas que não entraram na turnê que marcou o nosso reencontro”, afirmou Paulinho Boca de Cantor, 74 anos. Ele, inclusive, usou o tempo em isolamento para organizar memórias que, em breve, se transformarão numa autobiografia.

Baby do Brasil, 68, disse que não vê a hora da “prisão domiciliar por vontade própria” terminar. “Estou em isolamento com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É louvor todo dia. É um sobe e desce com o Espírito Santo. Eu tô fogo puro, quando abrir a porteira eu vou sair chispando”, admitiu a cantora, que costuma declarar que não faz sexo há mais de vinte anos.

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Pepeu Gomes, também 68, disse que, quando a pandemia acabar, vai ficar longe de casa por, pelos menos, três semanas. Com mais de 50 anos de estrada, os (sempre) Novos Baianos vão seguir tinindo, trincando e colecionando muita história para contar. E cantar.

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