Três perguntas para Edson Cordeiro
Dono de raro registro de contratenor, o cantor de sucesso nos anos 90 volta ao Rio para uma apresentação na Miranda
Como você define seu estilo? Depois de oito anos vivendo na Alemanha, concluí que sou um entertainer, um showman. Seria muito mais fácil fazer a mesma coisa a vida toda, mas escolhi o caminho difícil, que é circular. Apesar disso, tenho um grande bônus, que é a liberdade. Não gosto de águas calmas, eu sou vertiginoso.
Os anos 90 foram o seu auge no Brasil, depois as notícias rarearam. O que tem feito? Fui para a Alemanha porque fechei contrato com um empresário de lá. Acho que as pessoas têm a sensação de que estou sumido do Brasil porque sou discreto, mas venho para cá duas vezes por ano. Em 2012 cantei em Belo Horizonte, numa homenagem a Herivelto Martins, depois cantei ópera no trio elétrico da Daniela Mercury. Não estou sumido!
O que faz para preservar a voz? Estudo muito, meu maior cuidado é meu professor Eduardo Janho-Abumrad, um grande cantor lírico brasileiro. Quando faço check-up, a primeira coisa que vejo é como vai a voz. Não bebo nada, não fumo. Se faço uma festa para o público tenho de me cuidar antes, durante e depois do show, então sou muito tranquilo. Estou cantando melhor do que antes e no caminho para ser a próxima Bibi Ferreira!