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Chega de saudade

A pedido de VEJA RIO, o produtor cultural André Midani lista locais históricos no Rio para a MPB que desapareceram e deixaram saudades

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 dez 2016, 15h40 - Publicado em 28 mar 2012, 18h33

Ex-dono da gravadora RGE, o produtor cultural André Midani foi responsável pelo lançamento de nomes tão diferentes quanto Nara Leão nos anos 60 e o Ultraje a Rigor nos anos 80. Protagonista em movimentos que sacudiram a MPB nas últimas quatro décadas, como a Bossa Nova e o rock Brasil, ele participa, nesta quinta (29), de um debate no projeto Polo de Pensamento Contemporâneo (Pop), localizado no Jardim Botânico. Midani será entrevistado pelo escritor Eucanaã Ferraz e, a pedido de VEJA RIO, listou restaurantes, bares e palcos do Rio que fizeram parte da música brasileira e deixaram saudades.

Onde: Rua Conde Afonso Celso, 103, Jardim Botânico, tel. 2286-3299 e 2286-3682. Quinta (29) R$ 90,00.

1) Beco das Garafas. O must para os artistas e músicos da nova geração, nos anos 50. O Beco foi o laboratório da Bossa Nova. Os vizinhos jogavam garrafas, pois a música ia até altas horas, daí a origem do nome. Foi lá que Lennie Dale inventou a dança da Bossa Nova.

2) Anfiteatro Arquitetura UFRJ. Onde ocorreu a apresentação oficial da Bossa Nova ao seu verdadeiro público: a juventude universitária. A abertura do show foi feita por Georgina e Luciana de Moraes (filhas de Vinicius).

3) Apartamento de Nara Leão. Quando Nara contou ao pai que queria ser cantora, ele perguntou: “Quer dizer que você quer ser puta?”. Mesmo assim, o apartamento da cantora, em Copacabana, virou o QG do “estado maior” da turma da Bossa Nova.

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4) Restaurante Gourmet. (ou Au Bon Gourmet).
Onde se produziram shows e discos antológicos da Bossa Nova. Um dos raros celeiros que reuniu nomes do quilate de João Gilberto, Vinicius de Moraes e Tom Jobim.

5) Teatro da Praia. Onde Elis Regina fez uma de suas melhores e eternas apresentações, no final da década de 60, e Gal Costa virou o hit do verão de 74, com seu show “Cantar”.

6) Teatro Opinião. Berço da música política de contestação e onde aconteceu a primeira apresentação de Bethânia ao público carioca, em substituição a Nara Leão. Lembro que a plateia ficou de boca aberta com sua interpretação de “Carcará”, que continua antológica, 40 anos depois.

7) Canecão. Palco maior da MPB. Um dos shows mais marcantes foi o de Chico e Bethânia juntos, que ficou em cartaz por meses nos anos 70.

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8) Restaurante Antonio.
Ponto de encontro da inteligência carioca. Era o ponto político e etílico de Glauber Rocha e Tarso de Castro. Era possível encontrar, de uma vez só, nomes como Paulo Francis, Tom Jobim, Tonia Carreiro e Rubem Braga. O ponto de encontro da inteligência carioca.

9) Circo Voador no Arpoador. Palco do Rock carioca e MPB, onde se apresentavam Cazuza, Barão Vermelho e Lulu Santos.

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