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Arte para usar

Exposição no Fashion Mall reúne joias produzidas por pintores e escultores

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 dez 2016, 14h27 - Publicado em 22 Maio 2013, 17h19

Waltercio Caldas, Carlos Vergara, Beatriz Milhazes e Arthur Luiz Piza, entre outros artistas modernos e contemporâneos, entram em exposição na semana que vem, todos ao mesmo tempo e em um só lugar. Mas não espere ver quadros, esculturas ou desenhos de qualquer um deles. A mostra JoiArt leva ao Fashion Mall, a partir de segunda-feira (20) e até o dia 31, joias e itens de vestuário que artistas plásticos vêm produzindo ao longo da carreira, muitas vezes como hobby ou passatempo. Serão 24 peças (nenhuma delas à venda) que carregam, mesmo em proporções diminutas, como as de um anel ou um pingente, algo do pensamento estético de seu criador. Os brincos que Amilcar de Castro fez para presentear a filha, nos anos 80, expressam bem essa dimensão: eles mantêm as figuras geométricas de suas conhecidas obras de aço recortado, 200 vezes maiores e mais pesadas.

Produzidas muitas vezes por encomenda ou para servir de brinde de grandes empresas e corporações, essas preciosidades vieram de acervos particulares de todo o país, especialmente de Minas e São Paulo. Em geral, são peças únicas ou de tiragem limitada. Estarão à mostra, por exemplo, todos os anéis que a galerista paulistana Raquel Arnaud colecionou em décadas de amizade com Waltercio Caldas. E ela também está trazendo um bracelete de Arthur Luiz Piza que o escultor havia feito para a tradicional casa de leilões Artcurial, de Paris. Há outros itens vindos de fora, como as pulseiras concebidas por Maria Carmem Perlingeiro, saídas da Suíça diretamente para São Conrado. “Joias não são apenas objetos de consumo, mas uma forma de expressão artística”, sustenta Anna Clara Herman, curadora da exposição, realizada como parte do Joia Brasil, evento que reúne marcas como Jack Vartanian e H.Stern (esses, sim, itens à venda).

A ourivesaria de um artista plástico costuma ser considerada item de colecionador, apesar de sofrer algum preconceito por parte dos talibãs da “arte pura”. Mas, hoje em dia, gente importante do meio vê com bons olhos a interação entre esses dois universos. “Faz sentido alguns artistas bolarem joias, porque é um processo parecido com o de fazer uma escultura”, diz Brenda Valansi, uma das idealizadoras da feira ArtRio. De todo modo, não é exagero nenhum dizer que esses pedacinhos de ouro e de prata também são obras de valor.

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