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Gastronomia que motiva

Mais de 20 chefs cariocas participam da Rede Gastromotiva, garantindo a cereja do bolo do projeto social, que é a empregabilidade ao final do curso

Por Redação Veja RIo
Atualizado em 2 jun 2017, 12h54 - Publicado em 12 nov 2014, 12h51

 

Mais que misturar ingredientes e criar sabores, a gastronomia é capaz de transformar vidas. Foi acreditando nisto que, em 2006, o chef curitibano David Hertz saiu do restaurante em que trabalhava, em São Paulo, e passou a dar aulas a cinco jovens da periferia em sua própria cozinha, sem cobrar nada. Era a semente da Gastromotiva, primeira organização social do Brasil a utilizar a gastronomia como ferramenta de inclusão de jovens entre 18 e 35 anos com renda familiar de até três salários mínimos.A receita do sucesso é temperar na medida certa a paixão pela cozinha e pelas pessoas. Com o objetivo de capacitar novos profissionais para o ramo e, ao mesmo tempo, formar cidadãos conscientes e capazes de agir como multiplicadores, o curso equilibra-se, em 280 horas-aula práticas e teóricas de cozinha, entre lições de cidadania, higiene, segurança alimentar e postura profissional. Ao concluir o curso, os alunos passam a replicar o que aprenderam em suas comunidades. “Nosso curso ensina mais do que técnicas de cozinha. Preocupamo-nos em agregar valores como o compromisso sustentável, cidadania, integridade, transparência e a importância do trabalho em equipe. Os alunos de hoje serão os professores e os cidadãos conscientes de amanhã. Nosso objetivo é transformar a vida dessas pessoas e fazer com que elas transformem a vida de outras”, explica Hertz.Em oito anos, mais de 1.200 alunos foram formados em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador – a taxa de empregabilidade varia entre 70% e 80%. No Rio há 18 meses, a Gastromotiva comemora os primeiros números: 173 alunos formados, dos quais 133 já estão empregados e 12 seguem estudos na área. Em dezembro, com a formatura da sexta turma, mais 90 chegarão ao mercado de trabalho, graças à parceria com a Unisuam, onde as aulas ocorrem. Uma rede formada por chefs, restaurantes, bares e buffets patrocina o projeto, envolve-se nas aulas e emprega os alunos ao final do curso.Proprietário do Bobinot, o chef Pedro Wolff é um grande entusiasta do projeto: metade da equipe do bistrô aberto há seis meses na Tijuca é ex-Gastromotiva. “Eles chegam com uma mentalidade diferente, pois o curso ultrapassa a questão da formação técnica e do saber manual e prepara profissionais conscientes, com inteligência e postura de trabalho tanto na cozinha quanto no atendimento”, afirma.A centenária Confeitaria Colombo também endossa a qualidade do projeto: atualmente conta com quatro ex-alunos em seus quadros e irá contratar mais dois até o fim do ano. David Mattos, gerente operacional da casa, conta que futuras substituições na equipe virão sempre do programa. “Faço questão de indicar a Gastromotiva a outros gestores do setor. A motivação do nome reflete-se no comportamento desses funcionários e contagia toda a equipe. Chegam estimulados e, com isso, motivam todos ao redor”, avalia.

Parceiros da gastromotiva

Aconchego Carioca, Alessandro e Frederico, Bar do Adão, Bistrô Lorenzo, Bobinot Bistrô, Casa Carandaí, Entretapas, Grupo Troisgros, Gula Gula, KI, Quadrucci, Paris Gastrô, Irajá Gastrô, Venga!, Bazzar, Volta!, Ibérico, Beco do Hamburguer, Confeitaria Colombo, Rota 66, Many, Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, Bistrô A Três, Lilia Fortuna Buffet, Unisuam

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Poder transformador

A Gastromotiva tornou-se referência nacional por seu poder transformador, tanto no mercado gastronômico quanto no terceiro setor. A organização já recebeu prêmios e homenagens, em nome do seu fundador David Hertz , que detém os títulos de Young Global Leader pelo Fórum Econômico Mundial, Fellow Ashoka e Empreendedor Artemísia. Mês passado, Hertz e uma das primeiras alunas do curso, Uridéia Andrade, participaram de uma plenária da Conferência Clinton Global Initiative, quando falaram sobre o potencial transformador da cozinha e o modelo de sucesso da Gastromotiva. A plenária foi aberta pelo próprio Bill Clinton e encerrada pelo presidente americano Barack Obama.

David Hertz
David Hertz ()
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Com o Rio deBraços Abertos

Carioca é bem-humorado, descontraído. Mas pode ser também engajado e envolvido com as transformações que vêm acontecendo para deixar tudo pronto para os grandes eventos que se aproximam. Para dar um empurrãozinho, a Veja Rio, com o patrocínio da Petrobras e da Prefeitura do Rio de Janeiro, criou o movimento Com o Rio de Braços Abertos, em busca de uma cidade melhor para turistas e, acima de tudo, para quem vive aqui. Acesse: https://www.bracosabertos.com.br

 

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