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Para comer com os olhos

Jovens e bonitões, os chefs de uma nova geração vêm chamando a atenção da clientela feminina nos restaurantes cariocas

Por Fabio Codeço
Atualizado em 5 dez 2016, 13h55 - Publicado em 1 jan 2014, 16h10

O segredo do sucesso de um restaurante reside, em grande parte, na equação positiva entre três fatores: serviço atencioso, ambiente agradável e, o mais importante, qualidade da comida. Mas e se, além de eficiência, conforto e receitas saborosas, o lugar tiver um chef com pinta de galã circulando entre as mesas? As chances de encher o salão crescem ainda mais. É isso que vem acontecendo em um número considerável de endereços cariocas. Sob o comando de uma safra de cozinheiros jovens, atraentes e simpáticos, esses estabelecimentos passaram a despontar na preferência da clientela feminina. Nas noites de sex­ta-feira, por exemplo, as mulheres são, invariavelmente, a maioria no Boteco DOC. O motivo da assiduidade é o moreno de olhos puxados, todo estiloso, que anda pelo salão de avental. Aos 30 anos, Gabriel de Carvalho é sócio e chef do botequim gourmet de Laranjeiras e autor de receitas cheias de bossa. Entretanto, mais do que provar os quitutes do bonitão, as meninas aproveitam para tirar uma casquinha. “Já recebi até bilhetinho com nome e telefone da cliente. Mas joguei fora, claro, sou muito bem casado”, adverte logo a quem interessar possa.

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Bem longe do estereótipo do velho, barrigudo e boêmio, essa nova geração de cozinheiros em nada lembra a figura clássica do chef. Todos passaram por boas escolas de gastronomia, estagiaram em restaurantes estrelados mundo afora e sabem cozinhar muito bem. Fazem questão, porém, de alternar as longas e duras jornadas ao pé do fogão com hábitos de alimentação saudáveis e exercícios físicos regulares, o que só desperta ainda mais a curiosidade do sexo oposto. “Não tem nada melhor do que pegar umas ondas para enfrentar horas de labuta”, diz o chef e surfista Renato Machado. Com cabelos castanhos e pele dourada, ele é o galã da brigada do Pipo, no Leblon, onde dá expediente diariamente das 16 horas à 1 da madrugada. Já seu colega Thiago Berton, também do Pipo, é skatista e não abre mão do futebol semanal na Lagoa, enquanto Giancarlo Junyent, do La Boticella, na Barra, mantém o físico digno de atleta graças à prática de muay thai. Responsável pelo restaurante da família, ele dificilmente passa despercebido entre as clientes. E, não raro, são as próprias mães que dão a cantada. “Tem aquelas que falam que queriam um genro como eu, outras dizem à filha que sou para casar. Fico morrendo de vergonha”, conta.

O rebuliço em torno dos cozinheiros cariocas ganha eco em um movimento global: a glamourização da gastronomia, responsável por alçar os chefs ao status de celebridades. É o caso do paulista Alex Atala, que, além de ter se tornado o embaixador da culinária nacional, virou uma espécie de símbolo sexual das caçarolas. Ele está na lista da revista americana Time entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, não anda mais na rua sem dar autógrafos e virou figurinha fácil em revistas femininas ? para uma delas, inclusive, posou quase nu. “Há uns cinco anos, se eu contasse que era cozinheiro, não teria a menor chance com a mulherada. Agora é meio caminho andado”, entra na onda o carioca Pedro Benoliel, de 26 anos. Responsável pela comida servida nos camarins e em cinco áreas vips do Rock in Rio, em setembro, o mestre-cuca, filho e sócio da banqueteira Monique Benoliel, virou sensação entre as visitantes ao circular pelo backstage com seu charme despojado, barba por fazer, tatuagem no braço e jaqueta branca. Como definiu a editora do site The Huffington Post, Alexandra Rosario, num artigo publicado no mês passado: “Os chefs são hoje os novos rock stars, empunhando facas japonesas no lugar de guitarras elétricas”. Alguém aí duvida disso?

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