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Templo do saber

Após seis anos em obras, a antiga Biblioteca Pública do Estado reabre neste sábado (29) com novo nome

Por Lais Botelho
Atualizado em 5 dez 2016, 13h48 - Publicado em 2 mar 2014, 22h31

Mais de dez horas diárias de trabalho. Foram assim os últimos dias da secretária estadual de Cultura Adriana Rattes, responsável por comandar uma equipe com 300 pessoas, todas envolvidas na reabertura da ex-Biblioteca Pública do Estado (BPE), no Centro. Fechado desde 2008, o local ressurgirá muito mais moderno a partir deste sábado (29), quando será inaugurado o novo projeto do arquiteto Glauco Campello, que tem em seu currículo obras importantes como o Museu da Imagem e do Som, o Museu do Meio Ambiente e a restauração do Paço Imperial. Durante quatro anos de obras foram investidos 71 milhões de reais, numa tentativa de criar um espaço mais moderno, completamente sustentável e onde o público tenha à sua disposição atrações literárias, sim, porém muito mais interativas. “Fugir da passividade para proporcionar uma experiência que desperte a curiosidade do leitor para novos temas foi nosso objetivo”, explica a secretária, que trouxe esse modelo de Medelín, na Colômbia, onde já existem nove espaços nesses moldes. Com a nova proposta, a expectativa é que a movimentação inicial por ali gire em torno de 2?000 pessoas ao dia, chegando a 5?000 no decorrer dos meses seguintes.

Considerada a joia da coroa de um amplo programa do governo que vem instalando outros templos do saber em favelas como Manguinhos e Rocinha, a nova biblioteca terá uma área de 15?000 metros quadrados para visitação. Dispostos por dois andares mais o subsolo, estarão à disposição laboratórios para produção de textos e quadrinhos, auditório com capacidade para noventa pessoas e teatro para 240, nove cabines para exibição de filmes, estúdios de gravação, área infantil com brinquedos e jogos, 200 computadores com internet, uma filial da Livraria da Travessa, café e restaurante, além de 200?000 livros e 3 milhões de músicas. Em meio às bossas do complexo está a identidade visual dos espaços, sinalizados com frases de célebres artistas, como Tom Jobim, Machado de Assis, Manoel de Barros, entre outros. “Usar recursos visuais e tirar o acervo das estantes é um modo de provocar o leitor. Uma biblioteca não corresponde mais à ideia de acervo imobilizado”, avalia Eliana Yunes, uma das responsáveis pela curadoria do conteúdo oferecido. Com cerca de 120 funcionários, o triplo da equipe de 2008, a biblioteca também terá uma diversificada programação, que vai começar com a homenagem ao centenário de Vinicius de Moraes. Já estão agendados, além de uma exposição, shows, palestras, rodas de leitura e mesas-redondas sobre o poetinha. Sem dúvida, esse já será um bom começo.

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