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Papinha gourmet

Mães apostam em receitas criativas para educar o paladar dos pequenos

Por Bruna Talarico
Atualizado em 5 dez 2016, 15h20 - Publicado em 24 out 2012, 18h42

Pratos com apresentação elaborada, alimentos de origem controlada e receitas assinadas por chefs estrelados. Os conceitos da alta gastronomia deixaram de ser exclusividade de restaurantes chiques e caros para dar graça e sabor à alimentação de bebês e crianças. Portanto, esqueça aquela pasta amarronzada e insossa. Só no Empório da Papinha, que chegou de São Paulo há quase um ano, existem cerca de cinquenta variedades do produto das mais diferentes tonalidades. Todas feitas com ingredientes orgânicos. Entre as clientes assíduas da loja está Stella, de apenas 1 ano e 8 meses. Boa de boca, ela já pede seus sabores preferidos pelo nome: em primeiro lugar vem a Pri, apelido da sopa de frango com agrião, batata, cenoura e ervilha, seguida pelo Digo, como é chamado no cardápio o macarrão com ricota e espinafre. “A Stella aceita muito bem os alimentos e quase nunca fica doente”, garante a mãe, a atriz Letícia Spiller.

Depois de meses à base de leite materno, introduzir alimentos na rotina dos bebês é uma tarefa que costuma vir acompanhada de muita dor de cabeça para as mães. “Tem de ter paciência e tentar de novo a cada rejeição. Bater tudo no liquidificador é empurrar o problema para a frente”, acredita Roberta Ciasca, dos restaurantes Miam Miam e Oui Oui. Mãe de Dora, de 1 ano e 2 meses, a chef alia os aprendizados da maternidade e a experiência na cozinha durante as aulas que comanda no Ateliê das Ideias, no Humaitá. Durante duas horas e meia, Roberta mostra o passo a passo de receitas, além de fazer recomendações úteis, como reforçar a importância de oferecer alimentos com cores e texturas diferentes para despertar o interesse e aguçar a curiosidade gustativa dos pequenos. É o caso do croquete de carne, feito com carne de músculo triturada, mas sem molho branco durante o preparo. Aos curiosos, o que dá a liga e acentua o sabor é uma farinha preparada com grão-de-bico seco e temperada com alho, cebola e ervas frescas à vontade.

Com os casos de obesidade infantil aumentando no Brasil, a resistência do paladar a legumes, frutas e verduras deixou de ser tratada como um mero capricho de criança para ganhar destaque nas prateleiras de livrarias. De carona no sucesso de títulos estrangeiros como Feeding Baby Green (em tradução livre, Alimentação Verde para Bebês), escrito pelo pediatra e colunista do jornal The New York Times Alan Greene, a editora Memória Visual acaba de lançar A Melhor Comida para Bebês do Planeta e Aventuras Gastronômicas de uma Mãe de Primeira Viagem. O segundo título reúne noventa receitas criadas pela carioca Patrícia Smith, só com ingredientes brasileiros, para meninos e meninas de até 1 ano. “O resultado da minha experiência como mãe e nutricionista é um livro e um bebê que aprecia de tudo, do bolo aos brócolis”, conta Patrícia. Como se vê, não existe idade melhor para começar a se alimentar corretamente.

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