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Tuany Nascimento criou projeto para ensinar balé a crianças e adolescentes

Moradora do Morro do Adeus, professora de dança criou o Na Ponta dos Pés em 2012, no Complexo do Alemão

Por Jana Sampaio
Atualizado em 5 dez 2016, 11h30 - Publicado em 5 fev 2016, 00h00

Com os primeiros passos de dança aprendidos na Vila Olímpica da Maré, Tuany Nascimento se viu diante de um dilema quando completou 18 anos. Com um futuro promissor na dança, mas sem dinheiro para bancar uma escola profissionalizante, ela havia acabado de participar do maior evento de ginástica do mundo, o Gymnaestrada, na Suíça. Ainda assim, precisou abandonar o balé para começar a trabalhar e ajudar no sustento familiar. Ela estava cursando educação física e decidiu que não deixaria sua paixão de lado. Em 2012, quase dois anos depois da pacificação do Complexo do Alemão, a moradora do Morro do Adeus passou a dar aulas às meninas da comunidade. Sem sede própria e de forma improvisada, o projeto Na Ponta dos Pés já ocupou a sala de recepção da Associação de Moradores e hoje divide espaço com a quadra de esportes. Ao todo, 47 meninas, entre 4 e 15 anos, ensaiam três vezes por semana no local, que fica em uma área de risco da favela. “Na prática, a pacificação ainda não é uma realidade. A quadra se situa próximo à base de observação policial e, quando há confronto, ficamos no meio do fogo cruzado”, diz.

 

“A pacificação ainda não é uma realidade. Quando há confronto, ficamos no meio do fogo cruzado “

+ Thereza Aguilar fundou projeto de capacitação de jovens carentes a partir da dança

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Para manter a iniciativa, Tuany conta com a renda arrecadada nas apresentações realizadas na comunidade e com a colaboração de mais uma professora voluntária, dos pais das alunas e dos colegas da faculdade de educação física. Mas, a partir deste mês, um obstáculo terá sido superado. Com o prêmio de um concurso realizado por uma empresa de eletrodomésticos, a nova sede do projeto começará a tomar forma. “Minha mãe doou o espaço e vamos construir a sala com o dinheiro que ganhamos. Atualmente ensaiamos sem barra, sem espelho e sem assoalho apropriado”, conta. A expectativa, com a mudança de lugar, é aumentar para 120, até o fim deste ano, o número de crianças e adolescentes atendidos. “Espero conseguir ampliar o projeto e levá-lo para outras comunidades do Alemão. Sei que não terei 47 bailarinas profissionais, mas terei 47 meninas bem encaminhadas na vida”, conclui.

    

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