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Para António Zambujo

Nesta quinta (13), no palco do Studio RJ, o fadista alentejano mostra ao vivo as faixas de seu novo disco

Por Rachel Sterman
Atualizado em 5 dez 2016, 15h16 - Publicado em 10 dez 2012, 15h25

O fadista alentejano vem ao Rio ao menos duas vezes por ano. Esteve por aqui em agosto, para lançar o mais recente CD, Quinto, e volta já: na quinta (13), mostra ao vivo as faixas do disco no palco do Studio RJ. Parceiro de músicos brasileiros como Roberta Sá, Rodrigo Maranhão, Yamandu Costa e Zé Paulo Becker, António Zambujo investe no intercâmbio entre as duas culturas. ?Ainda há muito o que ser divulgado de música brasileira em Portugal e vice-versa?, afirma. Como ninguém é de ferro, ele também aproveita as visitas para passear.

Quando não está no palco, aonde você vai no Rio? Gosto de ficar em Copacabana e acabo dividido entre Ipanema, Arpoador, Leblon, Lagoa e Leme, porque tenho muitos amigos que vivem nesses sítios. Há uma pizzaria a que vou sempre, a Bráz, e também frequento o bar Semente, na Lapa. Gosto de ir aos botecos de Copacabana ? um que faço questão de visitar toda vez é o Caranguejo, ali se vende o melhor pastel do mundo. Na última vez conheci Santa Teresa: a arquitetura e os trilhos dos elétricos, como chamamos os bondes aqui, lembraram-me a vizinhança em que moro em Lisboa, o Bairro Alto.

O fado é uma música tradicional. Como renovar a linguagem do gênero e torná-la contemporânea? Na minha opinião, para renovar basta cantar a realidade e não viver aquele saudosismo exacerbado de ter saudade do passado, da Lisboa antiga. Para a linguagem ficar moderna é preciso cantar os amores de hoje ? e é isso que está a acontecer no fado. Outro recurso que adoto é usar o estilo como uma base para tudo o que faço, mas também trabalhar em outras frentes e influências, como a música brasileira, de Cabo Verde, o jazz.

O sotaque não atrapalha para cantar um sambinha? De forma alguma. O único cuidado que tenho é na escolha dos temas, para que expressões que vocês utilizam aí e nunca são utilizadas aqui não sejam incompreendidas, apesar de se tratar da mesma língua. Portanto, tenho o máximo de cuidado para que o poema não fique soando diferente quando cantado no português de Portugal. Eu jamais alteraria a letra de uma canção para adaptá-la ao meu sotaque.

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