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Sargento Alves

Com coragem e perícia para eliminar o maníaco que acabara de assassinar doze crianças numa escola, o policial evitou que o massacre de Realengo se tornasse uma tragédia ainda maior

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 15h52 - Publicado em 2 dez 2011, 16h02

Ainda de madrugada, o sargento Marcio Alves saiu de casa, em Cosmos, na Zona Oeste, para uma operação corriqueira de combate a vans irregulares. Após percorrer algumas vias no começo da manhã, o comboio da Polícia Militar em que ele estava parou na Rua Piracuruna, em Rea­lengo, para rebocar veículos apreendidos. Quando acabavam o serviço, os agentes foram surpreendidos por uma criança que chegou desesperada e com sangue escorrendo na cabeça: ?Tem um homem atirando no colégio!? Minutos antes, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, munido de dois revólveres, entrara na Escola Municipal Tasso da Silveira e abrira fogo contra os estudantes. Doze deles, com idade entre 12 e 14 anos, morreram.

A tragédia, sem precedentes no Brasil, poderia ter sido ainda pior, não fosse a intervenção do sargento Alves, 39 anos e dezenove de corporação. Assim que ouviu o apelo do menino, ele correu para o colégio, a 300 metros da blitz. Ao chegar, ouviu os estampidos. ?Pensei se tratar de uma briga de alunos?, lembra. Era algo muito mais grave. Ao tomar pé da situação, ele conseguiu alvejar o maníaco, que se suicidou em seguida com um disparo na cabeça. Sua bravura o transformou em herói nacional. Ganhou uma promoção imediata na PM, além de diversas condecorações Brasil afora. ?Só fiz o meu dever?, afirma. Inicialmente, Alves evitou voltar à escola, para impedir que as crianças recordassem aquele fatídico dia 7 de abril. No entanto, a gratidão de estudantes e pais o sensibilizou. Ao menos uma vez ao mês, ele vai ao colégio para participar de reuniões e até ajudar a resolver questões ordinárias, como uma desavença entre a garotada. ?Criamos uma relação de amizade verdadeira?, diz ele, que é casado e pai de dois filhos.

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