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Rony Meisler é premiado pelas ações frente à grife masculina Reserva

Muito marketing, ações de impacto e irresistível apelo carioca transformaram as roupas em objetos de desejo de homens dos mais diversos estilos e idades

Por Renata Magalhães
10 dez 2016, 00h00

Em meio à ocupação policial do Complexo do Alemão, há seis anos, o empresário Rony Meisler viveu uma experiência que o marcaria para sempre. Em uma tarde de sábado, ele se assustou quando viu o registro de cinquenta ligações perdidas em seu celular. Amigos e parentes procuravam‑no para comentar uma notícia que tinha o potencial de destruir seus negócios. Durante a operação na favela, um jovem traficante rendeu-se aos policiais vestido dos pés à cabeça com roupas da Reserva, a grife masculina criada por Rony, em 2004. A crise, gerenciada com o auxílio do fundador da ONG Afroreggae, José Júnior, revelou-se uma oportunidade e tanto. A marca ficou de olho no rapaz preso e, assim que ele foi libertado, transformou-o em garoto-propaganda, como um símbolo de superação. A partir desse episódio, a Reserva, que sempre teve um marketing agressivo, passou a se vincular a ações sociais de impacto. A mais recente, batizada como 1P5P, doa cinco pratos de comida a cada peça comprada em suas lojas, desde uma cueca até um blazer de alfaiataria. Lançada em março, a campanha contabilizava 4,4 milhões de refeições doadas no último dia 5. “Toda semana uma empresa diferente me procura buscando dicas de como implementar esse modelo”, comemora Rony, pai de dois meninos e de uma garotinha que nascerá no início de 2017.

O tino para os negócios desse carioca de origem judaica e 35 anos brotou cedo. Criança, negociava gibis na portaria do prédio onde morava, em Botafogo. Formado em engenharia e funcionário da consultoria Accenture, notou que cinco rapazes na sua academia usavam a mesma bermuda. Viu ali uma oportunidade de lançar uma marca masculina bem-humorada e que saísse da mesmice. Foi o nascimento daquela que é vista como uma das mais rentáveis grifes de roupa brasileiras, elogiada por baluartes da inovação como a revista americana Fast Company.

Em um ano em que a crise mordeu o calcanhar dos empresários, a Reserva prevê encerrar 2016 com crescimento de 26% nas vendas, faturamento de 320 milhões de reais e 1 650 funcionários, 355 mais que em 2015. Rony atribui o sucesso a múltiplas variáveis. “Fomos beneficiados pelo aumento do dólar e pela própria curva de ascensão da marca”, explica. Inquieto, ele já tem a cabeça em 2017. Famosa pelos preços altos, a Reserva ganhará um filhote, a Ahlma, que terá como sócio o ex-diretor de marketing da Farm, André Carvalhal. A grife custará 25% menos que a marca-mãe. “Não entendo nada de moda. Mas acredito no meu produto e sei vendê-lo bem”, diz o empresário. Poucos duvidam disso.     

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