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Marcos Pereira aposta em livros de colorir que viram best-sellers

Em um ano em que retração e estagnação foram palavras dominantes na economia, o empresário carioca investiu em projetos ousados, como os livros de colorir, e transformou a Sextante na maior editora do país

Por Sofia Cerqueira
Atualizado em 5 dez 2016, 11h37 - Publicado em 5 dez 2015, 00h00

Em meio ao choro, ranger de dentes e baixo-astral generalizado que tomaram a economia brasileira nos últimos meses, Marcos Pereira, um dos donos da Sextante, conseguiu transitar pelo caminho contrário. Enquanto a maioria dos seus colegas de vários segmentos econômicos passou o ano a cortar custos, enxugar a estrutura administrativa e adiar projetos de expansão, ele acumulou conquistas no mercado de livros. Sua editora fecha o período como a líder no país em exemplares vendidos — 9 milhões. Foram 150 títulos lançados, vinte mais que em 2014. Um novo selo foi criado e o catálogo de autores, que já tem craques de vendas como Paulo Coelho, foi reforçado por nomes como Thalita Rebouças, Leandro Narloch e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Em um movimento que chacoalhou o mercado, lançou os primeiros livros para colorir, um fenômeno nas prateleiras. Só com os títulos Jardim Secreto (o mais vendido no país nos últimos doze meses, com 1,2 milhão de unidades) e Floresta Encantada, ambos da escocesa Johanna Basford, a empresa faturou 30 milhões de reais. Em 2015, Pereira também acumulou êxitos em seu primeiro mandato como presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). Depois de muita polêmica, a entidade, defensora das biografias não autorizadas, conseguiu uma decisão favorável à causa no Supremo Tribunal Federal. À frente da organização da Bienal do Livro do Rio, Pereira ainda pode se orgulhar de o evento ter sido um sucesso estrondoso, sobretudo entre jovens leitores, e ostentar recordes de tamanho, público e autores participantes. 

Engenheiro de formação, pai de quatro filhos, Pereira, de 52 anos, trabalha no setor de livros desde os 17. Ele descende de uma dinastia que se mistura à história do mercado editorial brasileiro. Seu avô, José Olympio (1902-1990), foi o fundador da prestigiada casa que leva seu nome e publicou obras de autores como Manuel Bandeira, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos. Seu pai, Geraldo Jordão Pereira (1938-2008), criou a Sextante, em 1998, que hoje é dirigida por Marcos e pelo irmão Tomás. Inicialmente voltada para o segmento de autoajuda, a editora se diversificou e é conhecida por fazer lançamentos ousados — e acertar muito. Foi assim com best-sellers como Um Dia Daqueles, O Monge e o Executivo e Código Da Vinci. “Acho que isso tudo é resultado de muito trabalho, mas feito com muito prazer”, diz Marcos. E ele, de fato, adora o que faz.

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