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Para Maitê Proença

Estreia nesta sexta (8) a peça À Beira do Abismo Me Cresceram Asas, a terceira assinada pela atriz Maitê Proença

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 14h59 - Publicado em 4 mar 2013, 16h36

Em 2005, a atriz estreou a primeira peça de sua lavra, Achadas e Perdidas. Desenvolvido pela própria autora, um dos esquetes mais emocionantes daquele texto daria origem, quatro anos mais tarde, ao premiado espetáculo As Meninas. Na história, duas garotas trocavam confidências durante o velório da mãe de uma delas. Em À Beira do Abismo Me Cresceram Asas, a terceira peça assinada por Maitê Proença, as protagonistas agora são duas idosas. Com estreia marcada para sexta (8), no Teatro do Leblon, a montagem é baseada em depoimentos colhidos pelo produtor e autor Fernando Duarte em diversos asilos do Brasil. Maitê vive uma octogenária e divide a cena com Clarisse Derzié Luz ? com quem ela já contracenou em Achadas e Perdidas. Além disso, arrisca-se pela primeira vez na direção, ao lado da amiga Clarice Niskier, com supervisão de Amir Haddad.

A peça tem como tema a velhice. Como você lida com a passagem do tempo? Tenho receios. Não posso imaginar o que é a urgência de quem sabe ter muito pouco tempo pela frente. Minha avó, aos 103 anos, não estava ainda pronta para o fim, tinha um medo que se pelava. Comigo não é propriamente medo, já lidei com a morte de quase todos os meus. Mas gostaria que essa coisa que estou fazendo aqui não sei por que fosse significativa, que parecesse ter algum valor.

Como está sendo a sua primeira experiência como diretora? A Clarice Niskier, uma amiga querida, se ofereceu para dirigir. Imaginei que seria um prazer destrincharmos esse material juntas, aprender como se faz, já que nenhuma das duas tem grande experiência na coisa. Uma compensaria os vazios da outra. Tem sido assim, uma levanta para a outra cortar, em um saudável exercício. Como não somos doidas varridas, temos o Amir Haddad supervisionando o que inventamos e nos cutucando para irmos além.

O que significa para você ser considerada uma das mulheres mais bonitas do Brasil? As mulheres de minha família eram todas bonitas, e sabiam disso. Eu fui criada para ser moleque largado, cheio de hematomas e coragem. Na adolescência não tive mãe, não tive roupas bonitas, e não tinha o costume de me olhar no espelho. Mas um dia me contaram que eu fazia parte daquelas mulheres de minha família. Achei graça. E gostei.

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