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…Leandrinho, jogador de basquete

Por Renan França
Atualizado em 5 dez 2016, 15h57 - Publicado em 21 out 2011, 17h19

1- Com a greve da NBA, você está de volta ao Brasil, depois de oito anos jogando em times dos Estados Unidos e do Canadá. Qual a diferença entre morar fora do país e no Rio?

Não tem nem como comparar. Tudo lá é mais tranquilo e organizado. Mas, como eu já morei em São Paulo, estou acostumado com bastante gente nas ruas, trânsito, favelas. Estou tirando de letra.

2- Podendo escolher qualquer time, por que você optou pelo Flamengo?

Principalmente por causa da minha filha (Alicia, de 2 anos), que mora aqui. O Flamengo tem uma estrutura interessante, uma equipe muito boa e uma torcida apaixonada, que vai aos jogos e empurra o time. Sou corintiano, mas no Rio o rubro-negro tem minha simpatia.

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3- Você está satisfeito com a atual estrutura do basquete brasileiro?

Está muito melhor do que quando saí do país, sem dúvida. Em relação às ligas internacionais, porém, ainda é preciso evoluir muito. Acho que a criação da NBB (Novo Basquete Brasil) foi só o primeiro passo para transformar o basquete em um dos grandes esportes brasileiros.

4- O reconhecimento é maior lá fora?

Sim. Quando eu morava em Phoenix, no Arizona, era impossível ir ao shopping, frequentar restaurantes, ter uma vida normal fora da quadra. Cheguei até a ter de me disfarçar com um boné e uma peruca para não ser reconhecido no supermercado. De nada adiantou. Fiquei mais de meia hora dando autógrafos e tirando fotos.

5- Até ser selecionado para jogar em um dos times da NBA, como era sua rotina de treinamento?

Sempre fui disciplinado e aplicado. Nas concentrações, enquanto todos os outros atletas estavam dormindo, descia para a quadra do hotel. Treinei muitas noites escondido, sem que ninguém percebesse. Deu certo. Fui selecionado pelo Phoenix, time no qual joguei por seis anos, até 2010.

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6- E como você se sentiu ao entrar para uma equipe da liga americana?

Desculpe o clichê: foi um sonho que virou realidade. Demorei uns dois anos para entender aonde realmente eu tinha chegado. No primeiro dia, nem voltei para o hotel, dormi no chão do vestiário, não queria sair de lá de jeito nenhum.

7- Já no segundo dia de treinos aprontaram para cima de você, não foi?

Nem me lembre disso. Eu comprei uma bicicleta para ir treinar, estacionei ao lado dos carros e, na hora de ir embora, descobri que ela tinha sido jogada no lixo. Estava quase chorando, quando o segurança veio com uma chave de um Cadillac (avaliado na época em 70?000 dólares), presente de um colega de quadra.

8- Você é considerado um dos nossos melhores jogadores e não participou do Pré-Olímpico. O que aconteceu?

Eu não gostaria de comentar esse assunto. Só posso dizer que as duas partes erraram.

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9- E com isso você acha que será convocado para a Olimpíada de Londres?

Eu queria muito, mas é difícil ir para um lugar onde ninguém quer que você esteja. Tenho certeza de que a Confederação Brasileira de Basquete sabe a pressão que sofri para não participar dos jogos classificatórios. Não tive saída.

10- Você é bem próximo do pessoal do futebol. Tem saído com eles?

É verdade, sou muito amigo do Ronaldinho Gaúcho e do Léo Moura. Mas estou mais caseiro agora (a assessoria de imprensa do clube confirmou que o atleta reatou com a atriz Samara Felippo). Não posso mais frequentar as mesmas noitadas.

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