Um dos maiores ídolos da música latina, o cantor espanhol de 67 anos não perde o jeito galante de ser. Na atual turnê brasileira, que passa por oito cidades, perguntou à amiga Hebe Camargo se ela estava namorando e, em doze minutos de conversa ao telefone com o repórter de VEJA RIO, afirmou, em tom de brincadeira, que vem ao Brasil para encontrar amigos e suas noivas brasileiras. Mas é bom ninguém se assanhar. No ano passado, ele subiu ao altar para formalizar sua relação com a ex-modelo holandesa Miranda Rijnsburger, com quem já estava junto havia vinte anos e tem cinco filhos ? o caçula com 4 anos. Na segunda (17), Iglesias encara o palco do Vivo Rio para mostrar as canções de 1 (o numeral mesmo), que reúne grandes sucessos.
De onde vem a disposição para continuar cantando? Gosto de ver as pessoas na plateia e meus amigos pelo mundo. No Rio, vou encontrar amigos e minhas noivas. São essas pessoas que fizeram da minha carreira um sucesso. Também tenho o interesse de me aprimorar sempre. Estou melhor hoje que no começo da carreira. Sou mil vezes mais completo, sou outro cantor. No início, colocava muito o coração, hoje sou mais afinado.
O assédio das fãs também mudou? Elas nunca assediam, não acho que seja a palavra apropriada. As fãs adoram e querem seu ídolo. E isso vai mudando com o tempo. Quando o artista tem 25 anos, a fã tem uma pequena história de amor, é uma coisa intensa, que vai muito mais pelo coração. Com o passar dos anos, o sentimento se torna mais profundo.
A indústria fonográfica mudou muito. Ainda há espaço para cantores do seu estilo? Existem colegas maravilhosos, mas estamos em outra época. Hoje não há mais tempo para os novos artistas aprenderem, é tudo muito corrido. Roberto Carlos, por exemplo, teve um período para se aprimorar. Pelo meu lado, continuo aprendendo sem parar.