O Big Brother do rock
Centro de controle recebe imagens geradas por 46 câmeras de alta resolução, e uma térmica, espalhadas pela Cidade do Rock
Enquanto os famosos se divertem no camarote VIP, um contêiner instalado atrás dessa área chama pouca atenção. Ali, no entanto, concentra-se o ponto nevrálgico do Rock in Rio. Diante do gigantesco telão, uma equipe de segurança observa as imagens de geradas por uma câmera infravermelha, que observa 24 horas por dia a Lagoa de Jacarepaguá, bem atrás do palco principal. Volta e meia, a quietude da noite na lagoa é quebrada ao se detectar barcos que tentam entrar no festival por ali.
O tal contêiner abriga o centro de controle, onde são recebidas as imagens geradas por 46 câmeras de alta resolução espalhadas pela Cidade do Rock. A grande novidade desta edição é a utilização da versão infravermelha. Ela foi instalada justamente para evitar invasões na área do festival através da lagoa. Na última edição, em 2011, foram registrados até mesmo assaltos realizados pelos infiltrados. Desta vez, com a ajuda do equipamento, a equipe de segurança já barrou tentativas de invasão de doze barcos e seis caiaques na área dos shows.
A sala conta com um gigantesco telão, onde os vídeos são assistidos por uma equipe de oito pessoas. Ao avistar uma atitude suspeita, como a presença de grupos parados e observando os pertences do público em volta, os membros da equipe de segurança acionam o zoom. O equipamento é capaz de aproximar até 56 vezes a cena e de filmar princípios de confusão a uma distância de até 500 metros.