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Pretinho gostoso

Depois do sorvete de iogurte e do cupcake, o brigadeiro ganha lojas exclusivas

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 dez 2016, 16h06 - Publicado em 26 ago 2011, 17h04

O fenômeno começou de forma discreta, em janeiro, em uma pequena loja na Barra da Tijuca. Especializada em brigadeiros, irresistível delícia que junta 100 calorias em uma única bolinha, a Brigaderia Chic foi aberta no shopping Barra Square com a proposta de oferecer o doce em até cinquenta variedades. Oito meses depois, vende em média 4?000 unidades a cada fim de semana e deve completar seu primeiro aniversário com filiais em mais dois endereços. ?Nunca imaginei que pudesse dar tão certo. Há ocasiões em que preciso recusar encomendas porque não tenho como atender à demanda. Isso sem contar os pedidos para a abertura de franquias que recebo todos os dias?, conta a criadora da marca, a ex-veterinária Carolina Sales, que herdou o talento da sua avó para fazer doces. Outras três casas, Dr. Brigadeiro, na Visconde de Pirajá, em Ipanema, Brigaderia Fashion, no Rio Design Barra, e Petite Sucrerie, no Barra Garden, seguem os passos da pioneira, inclusive nos planos de expansão.

Tão brasileiro quanto a jabuticaba ou a feijoada, o brigadeiro que começa a fazer sucesso pela cidade é uma versão mais rica do confeito. Em comum com a receita orginal tem apenas o leite condensado. O achocolatado em pó empregado para dar cor e sabor à mistura foi substituído por chocolate belga Callebaut, o mesmo usado pelas marcas Godiva e Neuhaus. À massa básica foram incorporados ingredientes inesperados como wassabi, pimenta-rosa, capim-limão e gergelim. O granulado da cobertura foi substituído por congêneres feitos de cacau, pistache, macadâmia e amêndoas. O visual das lojas também é de impacto, todas elas com decoração cuidadosa, em que as bolinhas têm status de pequenas joias. ?Desenvolvemos embalagens específicas para cada tipo?, explica a empresária Elizabeth Garber, da Brigaderia Fashion, que tem um quiosque no formato de carruagem. Com tanta sofisticação, cada docinho sai em média por 3 reais.

Criado nos anos 40 por um grupo de senhoras empenhadas em arrecadar fundos para a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República (daí o nome), o quitute se tornou um clássico das festas infantis. Com a versão refinada vendida em lojas especializadas, passa a disputar espaço com outras guloseimas que, de um ano para cá, se tornaram onipresentes nos shoppings e centros comerciais da cidade, como os cupcakes e os sorvetes de iogurte. ?A diferença é que dificilmente alguém não gosta ou enjoa de brigadeiro?, diz Marina Cunha, que abriu a Petite Sucrerie há três semanas e já recebeu convites para se instalar em Belo Horizonte.

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