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Zona Portuária recebe negócios da economia criativa

A área revitalizada ganha Distrito Criativo e fortalece a movimentação do setor

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 2 jun 2017, 12h29 - Publicado em 15 ago 2015, 01h00

A imagem de homens de terno e engravatados, ou de mulheres vestindo tailleur, eles e elas de pasta na mão andando apressadamente pelas ruas do centro da cidade, isso tudo vai ficando para trás. Se ainda é assim na esquina das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, não parece ser esse o caminho dos executivos que tomam os escritórios da nova Zona Portuária. Aliás, esse termo, “escritórios”, nem parece ser o mais correto, dada a informalidade que hoje caracteriza os locais de trabalho nessa revitalizada fronteira carioca. Entrando na etapa final das obras de reurbanização, o Porto atrai empresas voltadas à indústria criativa e à tecnologia, startups tocadas — e bem tocadas, diga-se de passagem — por jovens que muitas vezes trajam bermuda e camiseta colorida. Em vez da poluição visual das zonas centrais do Rio, eles veem da janela a Baía de Guanabara. Descolados, pintam com cores fortes suas paredes, sentam-se em confortáveis poltronas em vez de usar cadeiras caretas, e alguns mantêm na sala até bonecos de plástico que lhes servem de mascotes.

Na terça passada (11), realizou-se, no Museu de Arte do Rio (MAR), um evento significativo para a região: o lançamento do Porto como novo Distrito Criativo da cidade. Como anfitrião da festa estava um trio com grande força simbólica, unindo a prefeitura, através da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Já se instalando nos edifícios dali, destacam-se grupos como o Coletivo do Porto, a Goma e o Instituto Rua. Pelas contas do Sebrae, são pelo menos 38 iniciativas, número que deve aumentar nos próximos meses. 

Coletivo do Porto
Coletivo do Porto ()

Sócia de uma agência de live-marketing, a publicitária Marcella Mugnaini alimentava havia anos o desejo de tirar sua empresa, a Up Line, de um escritório corporativo para lá de burocrático no centro de Niterói. Até que grudou, com trocadilho, na Goma, associação sem fins lucrativos que reúne outras 23 firmas, num total de 77 empreendedores do ramo criativo. “Assim que anunciaram o projeto de revitalização do Porto, percebemos que seria importante estar aqui. É a vanguarda da cidade”, diz Marcella.

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Desde 2011 e ao longo dos próximos onze anos, calcula-se que naquela área — 5 milhões de metros quadrados — estejam sendo investidos, entre obras e serviços, 8 bilhões de reais.  Entre novidades que estão mudando a cara do Porto, encontram-­se (já prontos ou em fase final de construção) a Via Binário, em substituição à Perimetral, túneis e o veículo leve sobre trilhos (VLT), bonde que vai conectar-se a metrô, trens, barcas, BRTs e ônibus convencionais. Mais para a frente aguardam-se ciclovias e internet com rede de fibra óptica em toda a região, além do polo que engloba o MAR (que é de 2013) e o Museu do Amanhã. Líder no ranking das cinquenta cidades mais inteligentes do país, elaborado pela consultoria Urban Systems, o Rio também se destaca no cenário criativo: negócios na área movimentam por ano 13 bilhões de reais. “Seremos referência em economia criativa no Hemisfério Sul. Não devem ocupar o Porto apenas financeiras e firmas do setor de óleo e gás, senão o lugar acabará virando uma extensão do Centro”, acredita Daniel Kraichete, da Ampliativo, um dos diretores do Distrito. “Essa é a ocupação que queremos: uma vida dinâmica não só nos prédios, mas nas ruas”, pontua Daniel Van Lima, gerente de Desenvolvimento Econômico e Social da Cdurp.

Infografico-economia-criativa
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