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Joalheiro das estrelas

Criador de adornos para o cinema e para o Vaticano, o italiano Gerardo Sacco exibe 150 peças no Rio

Por Carlos Henrique Braz
Atualizado em 5 dez 2016, 16h10 - Publicado em 15 jul 2011, 16h08

Aos 71 anos, o calabrês Gerardo Sacco é considerado um dos maiores designers de joias da Itália. Com vasta produção, ele é o ourives mais presente no Museu do Vaticano – atende a encomendas de medalhas e crucifixos para eventos como o quinto centenário de morte de São Francisco de Paula, celebrado em 2007 ? e fornecedor de longa data para a indústria cinematográfica. Nos longas dirigidos por Franco Zeffirelli, por exemplo, assina os colares, braceletes e tiaras usados por Elizabeth Taylor em O Jovem Toscanini, de 1988, e por Glenn Close em Hamlet, de 1990. Curiosamente, ele impõe nos contratos com os estúdios cláusulas que obrigam a devolução dos itens para o seu acervo. Apesar da fama e fortuna, Sacco mantém seu ateliê e a sede da sua empresa na terra natal, Crotona, uma cidade-estado fundada em 708 a.C. que foi colonizada pelos gregos até a tomada pelo Império Romano, em 146 d.C. Por conta dessas referências históricas e geográficas, suas criações são impregnadas de influências da antiga ourivesaria grega e das artes bizantina, renascentista e barroca.

Na mostra Histórias Preciosas da Magna Grécia ao Terceiro Milênio serão exibidas 150 joias de ouro, prata, brilhantes e variadas pedras preciosas sem valor estimado, mas que juntas pesam 120 quilos. ?Essa exposição celebra o sesquicentenário da unificação da Itália, com uma peça para cada ano?, diz Rubens Piovano, diretor do Istituto Italiano di Cultura, responsável pela vinda do acervo ao Brasil, depois de passagens por Espanha, Turquia e China. Dispostos em vitrines e em manequins dentro de resistentes redomas, os exemplares serão distribuídos por sete módulos: Arbereshe, dedicado a itens inspirados pela tradição cultural albanesa; Arte Sacra; Cinema, Teatro e Televisão; Magna Grécia; Mares e Mitos, com obras de coral e ouro que remetem às lendas marinhas; Peças Únicas; e Prataria Popular, referente aos instrumentos de camponeses mediterrâneos. Piovano explica que o Rio foi escolhido para receber a individual porque a colônia italiana é a segunda maior no estado, perdendo apenas para a portuguesa.

Gerardo Sacco. Museu Histórico Nacional ? Casa do Trem. Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 2550-9220. → Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. R$ 6,00. Grátis para menores de 5 anos e pessoas com mais de 65 anos. A bilheteria fecha meia hora antes. Grátis aos domingos. Até 11 de setembro. A partir de quarta (20). https://www.museuhistoriconacional.com.br.

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