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Fiscais da natureza

A Polícia Militar cria grupamento especial para combater irregularidades em rios, lagoas e praias

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 jun 2017, 13h56 - Publicado em 10 jul 2013, 19h55

Acomodados dentro do pequeno bote, quatro policiais vasculham o manguezal em busca de caçadores ilegais. Enquanto a incursão percorre silenciosamente o canal, o soldado posicionado à frente da embarcação observa com binóculo qualquer movimento suspeito na mata. A cena pode até sugerir a rotina de guardas em algum ponto remoto da Amazônia ou do Pantanal, mas ela tornou-se corriqueira nas lagoas da Barra da Tijuca desde junho, quando foi criada a Unidade de Policiamento Ambiental Marítima (Upam). Trata-se de uma força voltada exclusivamente ao combate de crimes em rios e praias de todo o estado. Formada por 32 agentes transferidos do Grupamento Marítimo da Polícia Militar, a tropa dispõe de doze embarcações, usadas, por exemplo, para coibir o abate de animais silvestres e realizar varreduras em busca de despejo ilegal de esgoto feito por condomínios. “Com base no monitoramento realizado via satélite e nas denúncias de moradores, fazemos nosso trabalho”, relata o coronel José Maurício Padrone, da Coordenação Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão responsável por organizar as incursões.

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A rotina em meio à natureza pode até ser menos estressante que encarar a violência urbana, mas também tem seus percalços. Entre eles, o fato de lidar com bichos agressivos e perigosos, como jacarés. Para familiarizar os policiais com a nova rotina, são ministrados cursos que vão desde legislação ambiental até regras de patrulha na floresta. Outro item fundamental à grade curricular desses agentes são as técnicas de manipulação de cobras e outros animais peçonhentos, ensinadas pelo Instituto Vital Brazil. Com essa bagagem, a tropa já realizou cerca de 100 viagens que resultaram na prisão de caçadores na Região Serrana e na apreensão de um navio que pescava em área protegida de Arraial do Cabo. Em outra operação, há cerca de um mês, quinze pessoas foram presas em Duque de Caxias por tráfico de animais silvestres. Os policiais encontraram mais de 100 pássaros presos em condições precárias. Os criminosos morrem de medo dessa turma. Afinal, a pena para casos assim não é branda. Se forem condenados, os envolvidos em tais infrações podem pegar até quatro anos de prisão.

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