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Do primitivo ao moderno

Mostra com trabalhos de vinte criadores de treze países discute prós e contras da tecnologia

Por Carlos Henrique Braz
Atualizado em 5 dez 2016, 15h48 - Publicado em 13 jan 2012, 19h11

Nos últimos anos, o Instituto Goethe e o Oi Futuro uniram forças para realizar coletivas internacionais com temáticas incomuns, sempre sob a curadoria de Alfons Hug, diretor da instituição alemã no Rio. Foi assim em Relíquias e Ruínas (2007/2008), sobre patrimônio cultural; Intempérie ? Fenômenos Estéticos da Mudança Climática e da Antártida (2009), dedicada ao aquecimento global; e A Carta da Jamaica (2010), celebração do processo de independência da América Hispânica. Agora, em High Tech/Low Tech ? Formas de Produção, trabalhos de vinte artistas e coletivos do Brasil e de outros doze países ? Alemanha, Canadá, China, Colômbia, Curaçao, Estados Unidos, Índia, Nigéria, Suíça, Taiwan, Turquia e Vietnã ? fazem o contraponto entre objetos primitivos e sofisticadas invenções. Através do contraste, a exposição sugere reflexões sobre avanços e retrocessos proporcionados pela tecnologia.

Ilustra bem esse conceito o vídeo In Comparison, em que o alemão Harun Farocki estabelece paralelos entre a fabricação de tijolos na África e na Índia por nativos e o mesmo trabalho feito por robôs em indústrias da Suíça, da Áustria e da França. Outra obra instigante é a videoanimação em 3D do vietnamita Dinh Q. Lê, South China Sea Pishkun. Baseado em um episódio real ? no fim da Guerra do Vietnã, em 30 de abril de 1975, vários helicópteros foram jogados ao mar ?, o filme de 61 minutos mostra aparelhos de diferentes modelos mergulhando como gaivotas na água. ?Além de uma alusão à guerra, ele criou uma metáfora sobre o perigo inerente à alta tecnologia?, diz Hug. Entre os seis brasileiros selecionados, Alexandre Vogler apresenta a escultura Base para Unhas Fracas. Em formato de mão, a peça é constituída de um mecanismo que faz o movimento de abrir e fechar os dedos. Mariana Manhães vai exibir a escultura Dentre (Lâmpadas), produzida com materiais diversos. Na fachada do centro cultural ficará uma imensa ampliação de Atrack Fractal, fotografia de Vicente de Mello de um antigo lustre do Teatro Santa Isabel, no Recife.

High Tech/Low Tech ? Formas de Produção. Oi Futuro Flamengo. Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, ? Largo do Machado. → Terça a domingo, 11h às 20h. Grátis. Até 1º de abril. A partir de terça (17). https://www.oifuturo.org.br.

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