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O Rio de Dorival Caymmi

Para celebrar os 100 anos de seu nascimento, VEJA RIO lista os lugares da cidade que marcaram a vida do poeta baiano. Confira o roteiro pelas ruas e regiões frequentadas por Dorival Caymmi no Rio

Por Louise Peres
Atualizado em 2 jun 2017, 13h09 - Publicado em 29 abr 2014, 19h50

Em 1938, aos 24 anos, ele pegou um ita no norte e deixou Salvador, onde nasceu. E embora tenha propagado com maestria em suas letras as belezas da Bahia, foi no Rio de Janeiro que Dorival Caymmi (1914-2008) passou a maior parte da vida e viu sua música conhecer o mundo. Um dos maiores poetas da nossa música, responsável por consolidar o samba-canção ao lado de Noel Rosa e por influenciar inúmeros artistas e estilos, o autor das emblemáticas canções praieiras transitou pelo Rio da zona norte à sul. Cantou o bairro que hoje abriga sua estátua em ?Sábado em Copacabana?. Conheceu aqui parceiros como Tom Jobim, o conterrâneo Jorge Amado, e Carmen Miranda, que ganhou notoriedade internacional após interpretar ?O Que É Que a Baiana Tem??, canção de autoria dele iniciada na Bahia e só concluída aqui, na então capital federal.

É inegável a presença da cidade na vida e na obra de Caymmi. Em homenagem aos 100 anos do baiano, que seriam completados na quarta (30), VEJA RIO preparou um roteiro por lugares emblemáticos, que marcaram os oitenta anos vividos por ele em terras cariocas. Confira abaixo.

Centro

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Foi nas ruas do Centro da cidade que Caymmi terminou canções que trouxe incompletas na mala, vindo da Bahia. Entre elas, O Que É Que a Baiana Tem?, A Preta do Acarajé, O Mar e A Lenda do Abaeté.

Cinelândia

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Na biografia escrita pela neta Stella Caymmi, que acaba de ser relançada, o poeta relembra: ?Sentia uma solidão distraída, vislumbrando de longe a Cinelândia, vazia, perdida na noite.?. Caymmi começou a conhecer e apreciar o Rio em caminhadas pela região. Adorava andar pelos arredores da Praça Mauá e da Avenida Rio Branco. Foi nela, aliás, entre os Cafés Nice e Belas Artes, que conheceu o conterrâneo Jorge Amado.

Grajaú

Assim que casou-se com Stella Maris, no dia de seu aniversário de 26 anos (em 30 de abril de 1940), Caymmi mudou para o Grajaú. A família foi formada ali: nasceram nos anos seguintes a cantora Nana (Dinahir Tostes Caymmi, em 1941); o compositor, arranjador e violonista Dori (Dorival Tostes Caymmi, em 1943); e o cantor, compositor e flautista Danilo (Tostes) Caymmi, (em 1948). Mudaram-se posteriormente para o Leblon e o Jardim Botânico.

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Copacabana

Ricardo Zerrener/Riotur
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Nos anos 50, o casal mudou para aquele que seria seu bairro definitivo no Rio. Era só o início da relação entre o poeta baiano e o mais icônico bairro da cidade. Já em 1955 Caymmi compôs ?Sábado em Copacabana?, em parceria com Carlos Guinle, de quem ficou amigo após uma temporada no Copacabana Cassino Teatro, do hotel Copacabana Palace (então propriedade da família Guinle).

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A estátua

Poucos meses após sua morte, Caymmi ganhou uma estátua no calçadão de Copacabana. A peça fica no Posto 6, na altura da Rua Francisco Otaviano, vizinha da Vila dos Pescadores ? uma forma de homenagear o poeta que tanto cantou o mar.

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Rua Dorival Caymmi

Dorival Caymmi virou nome de rua, praça e travessa em Salvador, mas também ganhou um logradouro em sua homenagem no Rio. Fica próxima à Visconde de Albuquerque, no Leblon, bairro onde Caymmi morou antes de fixar residência em Copacabana.

Espaço Tom Jobim

Desde 2009, o trabalho de Dorival Caymmi está na Casa do Acervo, segmento do espaço que se dedica à catalogação, conservação e disponibilização de acervos digitais de artistas que marcaram a arte e a música popular brasileira. Somente do compositor, são mais de 4000 itens catalogados de fotos, documentos, desenhos e pinturas, áudios e vídeos.

Espaço Tom Jobim. Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico, tel. 2512-0303.

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