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Palácio Tiradentes completa 90 anos

Sede da Assembleia Legislativa, a construção ganha programação cultural de aniversário na qual despontam os muitos momentos históricos de que foi cenário

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 5 dez 2016, 11h20 - Publicado em 7 Maio 2016, 01h00

Erguida em 1640, a Cadeia Velha tinha dupla função: abrigava vereadores do Brasil Colônia e masmorras. Lá, o alferes Joaquim José da Silva Xavier cumpriu pena durante três anos até ser enforcado, em 21 de abril de 1792. Redimido pela proclamação da República, o mártir da Inconfidência acabou por batizar, com seu apelido, o imponente Palácio Tiradentes, construído no lugar da Cadeia Velha. A edificação histórica onde hoje funciona a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro está completando noventa anos de existência: começou a ser levantada em 1922 e abriu as portas em 6 de maio de 1926, como sede da Câmara Federal. A programação de aniversário inclui concertos e a encenação, nos dias 6 e 7, do espetáculo Tiradentes, um Palácio de Histórias, escrito e estrelado pelo historiador Milton Teixeira. A essa agenda cultural, soma-se a tradicional visita guiada que, no ano passado, arrebanhou 45 000 pessoas. Uma curiosidade: 7% do público vem da França, talvez atraído pela informação de que o palácio é inspirado no Grand Palais, ponto turístico parisiense. Lá dentro, no teto do salão nobre, sobressaem pinturas de Timóteo da Costa. Em técnica pontilhista, à moda dos impressionistas, o artista retratou a formação do povo brasileiro com um toque de fantasia proporcionado por anjos e fadas. Atração no plenário, o vitral que representa o céu em 15 de novembro de 1889, dia da proclamação da República, passa por restauração e voltará ao seu lugar em agosto. No Palácio Tiradentes, tomaram posse todos os presidentes eleitos, de Washington Luís (em 1926) a Juscelino Kubitschek (1956). Ali, personagens como Carlos Lacerda, Luís Carlos Prestes e Getúlio Vargas fizeram discursos históricos e registrou-se uma tragédia: em 26 de dezembro de 1929, o deputado federal pernambucano Souza Filho foi assassinado no plenário pelo gaúcho Ildefonso Simões Lopes. Em meio a tanta história e festejo, manteve-se a rotina na Alerj: na quarta (4), parlamentares debateram projeto de lei do deputado Milton Rangel (DEM) que institui, em outubro, a Semana Estadual da Família Tradicional.

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