Mudança de hábitos e tradições nos casamentos cariocas
Histórias e curiosidades sobre o Rio e seus habitantes
Casório Moderno
Há algo de novo no mundo dos casamentos. Por exemplo, aquela tradição de a noiva atrasar quase uma hora está caducando, tornando-se algo antipático. Igrejas como as do Colégio Marista São José, na Tijuca, e a do Carmo (Antiga Sé), no Centro, cobram multas de 10% do valor acordado caso se prejudique o início da cerimônia seguinte. Outra cena que cai em desuso é o ato de jogar arroz no casal. Padres dizem que o chão em frente à igreja fica sujo, e que a grande quantidade de grãos que fica na calçada pode causar escorregões e queda de idosos. É o que vem observando a cerimonialista Fabi Pinheiro, que em agosto vai participar do evento Inesquecível Casamento, no Hotel Royal Tulip, em São Conrado. Confira abaixo algumas novidades nessa área.
Pense em mim, chore por mim
Cidade-berço da bossa nova, lar para nove entre dez astros da MPB, o Rio sempre foi refratário à música sertaneja, especialmente àquela surgida a partir dos anos 80, eletrificada, romântica por excelência. Nenhuma dupla de sucesso é daqui, e, nesse sentido, estamos muito atrás, por exemplo, de São Paulo, Goiás e Minas. Certamente por isso merecemos um capítulo, “A Batalha pelo Rio de Janeiro”, no livro Cowboys do Asfalto, de Gustavo Alonso, a ser lançado no fim do mês pela Civilização Brasileira. A obra trata do sucesso de Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Luan Santana, Michel Teló e também da turma do ramo “universitário”. Carioca, carioca mesmo, não tem nenhum citado nas 558 páginas. O único fluminense com algum destaque é Barrerito, nascido em São Fidélis, que integrou o Trio Parada Dura. Ao lado, momentos bons e maus da trajetória dos sertanejos na cidade.
Enxergando novas fronteiras
Para ver melhor, ou simplesmente para ficar mais bonito, o carioca vem comprando óculos em grande escala, batendo recordes no mercado varejista nacional. As contas são das Óticas Carol: nos cinco primeiros meses de 2015, o faturamento na cidade cresceu 34% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a média nacional aumentou 19%. A marca, que é originária de Sorocaba (SP), enxerga (com trocadilho) no Rio potencialidades em especial. Tanto é assim que sua primeira loja-conceito foi inaugurada aqui (no Leblon), e a filial do Rio Design Barra, aberta em março, acaba de se tornar a que mais lucra na história da rede.
90 minutos
É a duração de uma visita guiada que há duas semanas passou a ser oferecida no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, na Zona Norte. Ela só acontece um dia a cada mês. Os passeios, com profissionais da instituição, são voltados para qualquer pessoa que queira entender um pouco mais como funciona aquele ambiente de pesquisa, inovação e empreendedorismo. As inscrições são feitas no site https://www.parque.ufrj.br, e a Incubadora de Empresas da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) está incluída no trajeto.
Fachada de projeção
O edifício A Noite, na Praça Mauá, onde funcionou o grupo de comunicação homônimo, era em 1929 o mais alto arranha-céu brasileiro, com 22 andares. Foi ali que viveu o seu auge a Rádio Nacional, na década de 40. Hoje parte do prédio abriga o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Em setembro, a imponente fachada servirá de suporte para o festival Visualismo: Arte, Tecnologia e Cidade, com projeções como as do finlandês Raimo Benedetti, um dos quinze artistas que atuarão no projeto. Na fotomontagem ilustrativa (ao lado), a primeira página do jornal com a notícia da morte da cantora Carmen Miranda.