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Dez curiosidades sobre O Mágico de Oz

A versão brasileira de Charles Moeller e Cláudio Botelho que estreia sexta (8) no Teatro João Caetano é inspirada no célebre filme de 1939. Listamos dez fatos curiosos e histórias dos bastidores das filmagens de O Mágico de Oz

Por Louise Peres
Atualizado em 5 jun 2017, 14h31 - Publicado em 7 jun 2012, 15h41

A estrada de tijolinhos amarelos, o voo de balão, o cachorro – de verdade! – , os sapatinhos vermelhos e até o furacão que leva embora do Kansas a menina Dorothy estarão lá. Em uma superprodução da Aventura Entretenimento orçada em 9 milhões de reais, Charles Moeller e Cláudio Botelho reconstroem no palco do Teatro João Caetano todo o universo fantástico de O Mágico de Oz, clássico filme de 1939. Um marco na literatura infantil americana, a obra de L. Frank Baum foi adaptada para os cinemas pelos estúdios MGM e alçou ao estrelato a jovem Judy Garland (que também já foi objeto de um musical assinado por Moeller e Botelho, em 2011).

Fiel ao longa, o musical que estreia no Rio tem no elenco principal Maria Clara Gueiros, Lúcio Mario Filho, Pierre Baitelli, Nicola Lama, a jovem Malu Rodrigues no papel de Dorothy e Luiz Carlos Miele como o mágico, como mostra a reportagem de capa de VEJA RIO. Antes de comprar seu ingresso e conferir o espetáculo, veja dez histórias e fatos curiosos sobre a versão cinematográfica de O Mágico de Oz. Embarque nesta viagem!

1 – QUEM É O MÁGICO?

O papel do Mágico de Oz, interpretado por Frank Morgan, foi escrito originalmente para o humorista W.C. Fields, um dos mais inventivos criadores da comédia burlesca americana. Diante da oferta de 75 000 dólares dos produtores, Fields pediu 100 000 dólares, mas no fim rejeitou o trabalho por considerar o personagem pequeno demais. No fim das contas, Frank Morgan ficou com o papel do Mágico, além de interpretar o professor Marvel, o porteiro da cidade de Esmeralda, o motorista de uma carruagem e um guarda. Os personagens secundários lhe foram conferidos para aumentar o tempo do ator na tela. Morgan é lembrado, até hoje, por sua atuação como o papel-título.

2 – CANÇÕES EXTRAS O mágico da versão assinada por Moeller e Botelho, aliás, seria absolutamente fiel ao do longa não fosse por um pedido de Luiz Carlos Miele, prontamente atendido pelos diretores: aqui, o personagem vai cantar uma canção inédita, com letra de Cláudio Botelho sobre música de Harold Arlen. O musical brasileiro traz ainda outra novidade em relação ao filme: um número extra, cortado do longa na última hora, foi incluído no espetáculo. É a canção Jitterbug.

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3 – MUITO MÁ

Muitas cenas da Bruxa Má do Oeste foram editadas ou cortadas do filme. O motivo? A interpretação de Margaret Hamilton para a personagem era assustadora demais para o público. Na versão musical brasileira, a tarefa de assustar o público coube à atriz e comediante Maria Clara Gueiros.

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4 – BRUXA TEM QUE SER FEIA

O conceito original do papel, aliás, era de uma Bruxa Má do Oeste sexy e estonteante, a exemplo da cruel rainha de Branca de Neve e os Sete Anões. A bela Gale Sondergaard foi inicialmente escalada para o papel por Mervyn LeRoy, mas a presença de uma bruxa bonita fugia ao roteiro, que pregava que bruxas más eram feias. Com a nova e pavorosa caracterização Sondergaard pulou imediatamente fora do projeto e foi substituída por Margaret Hamilton.

5- LEÃO FAMOSO

Sabe aquele leão símbolo da MGM, que aparece abrindo a bocarra na abertura de todos os filmes do estúdio? O produtor Mervyn LeRoy considerou usá-lo no papel do Leão Covarde, contratando um ator para dublá-lo. A ideia foi descartada quando Bert Lahr apareceu e deu vida ao personagem, interpretado por Lúcio Mauro Filho na versão brasileira.

6 – TROCAS DE COMANDO

Richard Torpe, primeiro diretor do longa, filmou durante duas semanas antes de ser demitido.

Nada foi aproveitado, porque o estúdio achou o material produzido insatisfatório. O filme, na verdade, teve cinco diretores diferentes. Após a saída de Thorpe, George Cukor foi indicado temporariamente para o posto, mas nem chegou a rodar. Victor Fleming, o único a aparecer nos créditos, filmou grande parte das cenas, até que foi contratado para dirigir E o Vento Levou. Assim, King Vidor filmou as sequências restantes, principalmente as partes em preto e branco rodadas no Kansas. O produtor Mervyn LeRoy também dirigiu algumas cenas.

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7 – FALA ETERNIZADA

A frase “There?s no place like home” (em tradução livre, não há lugar como o nosso lar) entrou como 11ª colocada para a lista das 100 melhores frases do cinema, publicada pela revista francesa Première em 2007.

8 – TOTO E DOROTHY NA VIDA REAL

Depois do intenso convívio ao longo das filmagens, Judy Garland quis adotar Terry, a cadelinha que interpretava Toto. Infelizmente, o dono dela não aceitou o pedido de Judy, e Terry seguiu uma longa carreira como estrela de cinema. Morreu seis anos depois, e foi enterrada no quintal de seu treinador.

9 – A PARTE 2

O Mágico de Oz foi mencionado no Guiness – o Livro dos Recordes como o filme em live-action cuja sequência levou mais tempo para ser lançada. O Retorno a Oz foi produzido 46 anos depois do primeiro filme.

10 -PINK FLOYD EM OZ?

Essa é para quem adora uma teoria da conspiração: há quem perceba uma estranha sincronia entre o disco Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, e a sequência inteira do filme. Ao assistir a O Mágico de Oz e ouvir o disco lançado em 1973 como se fosse a trilha sonora das cenas, é possível fazer uma relação entre o que aparece na tela e o clima e os versões das canções, na exata ordem em que elas se apresentam. Coincidência? O grupo nunca disse que foi intencional. Se quiser experimentar e tirar suas próprias conclusões, o vídeo, intitulado Dark Side of The Rainbow (numa brincadeira com os nomes do álbum e da famosa canção entoada por Judy Garland) está disponível na íntegra no YouTube. Assista abaixo.

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