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Com Luiz Calainho

Por Louise Peres
Atualizado em 5 dez 2016, 16h08 - Publicado em 29 jul 2011, 17h24

Ele se divide entre onze negócios diferentes e ainda quer mais. Através da holding L21 Participações, Luiz Calainho está à frente de projetos como o Sesc Rio Noites Cariocas e dos Bailes Devassa, é sócio da Dial Brasil, que controla as rádios Mix FM e Sulamérica Paradiso, tem participação na gestão de negócios do Engenhão e na Aventura Entretenimento, que produz os premiados espetáculos da dupla Charles Moeller e Claudio Botelho. Aos 45 anos, o empresário credita a um estilo de vida cheio de regras a energia que o permite dar conta de tantas atribuições. Faz shiatsu, medita, não come junkie food, só toma banho frio… Dominando o show biz carioca, ele confessa a admiração por Roberto Medina, criador do Rock in Rio: ?Ele é uma referência no mundo inteiro?.

Impossível não começar por essa pergunta: como tocar, com sucesso, tantos negócios diferentes ao mesmo tempo?

Faço o meu trabalho com prazer, esse é o segredo. Procuro então incluir na minha vida hábitos que vão me dar energia para dar conta desse turbilhão de coisas. As pessoas têm uma capacidade gigante de promover seu próprio crescimento, sucesso e bem-estar, mas não têm consciência disso.

Como assim?

Existe uma tendência em jogar tudo para o mundo externo, quando na verdade tudo depende da gente. A começar por uma série de hábitos que se as pessoas adotassem, elas veriam o ganho que teriam na vida pessoal, profissional, nos estudos, em família…

Que hábitos são esses?

Meu sono é a coisa mais importante da minha vida, então não tem TV no meu quarto, nem no Rio nem em São Paulo. Durmo entre sete e oito horas toda noite. É nesse momento que você se reestabelece, se restaura. Alimentação é outra coisa absolutamente fundamental. A minha é à base de legumes, verduras e frutas.

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Mas você não come uma besteirinha qualquer em hipótese alguma?

Não, eu não sou xiita. Mas sei que são coisas que não me fazem bem, então passo a não gostar disso também. Isso se reverte em energia, em vontade de trabalhar, na relação com as pessoas ao seu redor, em tudo. É maravilhoso, incrível.

As pessoas sabem que você investe em cultura e entretenimento. É grande o número de artistas que te procuram para buscar apoio e recursos para projetos culturais?

Sim, claro. Pequenos produtores me procuram para apresentar projetos, modelos, ideias. O caso mais emblemático foi o da Aventura. Eu fui procurado pela Aniela Jordan, produtora dos espetáculos do Charles Moeller e do Claudio Botelho. Eles tinham um potencial criativo gigante, já vinham de uma criação enorme de musicais, mas não tinham essa visão de marketing mais contemporânea nem o networking necessário para captar recursos junto à iniciativa privada. Eu, naquele momento, já tinha vontade de entrar nesse segmento de teatro. Fizemos uma sociedade para A Noviça Rebelde, e outros espetáculos como Sete, Beatles Num Céu de Diamantes, sempre em regime de coprodução. Essa parceria se consolidou e surgiu a Aventura Entretenimento.

E que projeto cultural você olha e pensa: ?nossa, queria ter feito isso?. Existe algum?

Claro, tem ideias sensacionais por aí. O Roberto Medina, na minha opinião, é talvez um dos homens de maior representatividade em entretenimento do mundo inteiro. O cara teve a ideia genial de fazer um festival de música internacional em 1985 e ainda levou, com sucesso, o nome Rock in Rio para a Europa. Isso é de uma visão incrível, algo que eu gostaria de ter feito.

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O que você acha que falta à indústria do entretenimento no Brasil para que ela se desenvolva ainda mais?

Aqui há um problema que é um complicador: a falta de equipamentos e espaços para essa indústria. Teatro, por exemplo, não há a infraestrutura necessária. Há apenas dois grandes teatros, o Oi Casa Grande e o João Caetano, que suportam superproduções musicais. Para grandes shows, agora passamos a ter maiores espaços, como o Engenhão, que pegamos para administrar há um ano. A Cidade do Rock também vai ser um belo legado para a cidade.

E o plano de construir um teatro de grande porte aqui, quando sai do papel?

Estamos justamente na fase de definir onde esse espaço deverá ser construído. Queremos um teatro que tenha uma estrutura para receber esses grandes musicais, que tenha uma caixa cênica de grande porte, um fosso para orquestra. Ele vai ter um bom espaço de foyer, de muita tecnologia, com foco grande em teatro musical. Será um braço da Aventura, para receber os espetáculos que nós produzimos.

O seu trabalho envolve fomentar e produzir entretenimento para o público. E o que te diverte?

Todas as coisas que eu faço me divertem. Beatles Num Céu de Diamantes eu vi 21 vezes. Mas esportes em geral me divertem muito, adoro! Gastronomia idem: sair para jantar, almoçar, é sempre um evento. Viajar também é algo que eu adoro fazer.

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O que ainda falta fazer?

Um negócio em que eu quero entrar é a sustentabilidade. Algo que envolva cidadania, questões que nos façam refletir que todos nós fazemos parte de um mesmo organismo vivo, que é a Terra. E cinema também, né?

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