Entre e fique à vontade
Obras pelas quais o visitante pode passear se espalham por diversos endereços da cidade
OIR — OUTRAS IDEIAS PARA O RIO.
Planejado para acontecer de dois em dois anos até 2016, o projeto recebe seis artistas na primeira edição. A proposta foi a criação de obras públicas monumentais. Para a felicidade daqueles mais afeitos à interação, três delas são penetráveis. O americano Robert Morris, veterano de 82 anos, idealizou um labirinto triangular de vidro, de 10 metros quadrados, instalado na Cinelândia. Perto do Centro Cultural da Ação da Cidadania, no Cais do Porto, fica um domo de argila construído pelo inglês Andy Goldsworthy. Pensado com base nos conceitos da chamada land art, em que a criação está sujeita a ser alterada naturalmente pela ação do tempo, o espaço amanheceu no dia da abertura com o teto desabado — as ruínas, portanto, fazem parte do programa. Único brasileiro no time, Henrique Oliveira desenvolveu uma escultura de madeira, chamada Cascasa, que está no Parque de Madureira. Confira os endereços em https://www.oir.art.br. Robert Morris: 8h às 22h. Andy Goldsworthy: terça a domingo, 9h às 18h. Henrique Oliveira: terça a domingo, 5h às 22h. Grátis. Até 2 de novembro.
ERNESTO NETO. Antiga parada ferroviária inaugurada em 1897, a Estação Leopoldina, no Centro, abriga a monumental instalação do artista carioca batizada como ObichoSusPensoNaPaisaGen. A obra, espalhada por área de 480 metros quadrados, evoca um jardim suspenso. Feita a mão, com cordas de polipropileno, bolas plásticas e pedras, foi apresentada pela primeira vez (com dimensões e formas ligeiramente diferentes) na Faena Arts Center, em Buenos Aires. Conforme o público sobe na instalação, chegando à altura máxima de 4 metros, a sensação é de estar mergulhando em uma pintura tridimensional — a beleza da construção histórica completa o programa. Estação Leopoldina. Rua Francisco Bicalho, s/nº, Centro. Informações, ☎ 7932-2332. Quarta a sexta, 13h às 21h; sábado, 11h às 21h; domingo, 10h às 17h. Grátis. Até 16 de outubro.
SUZANA QUEIROGA. A artista carioca, egressa da Geração 80, começou a trabalhar com infláveis há dez anos. Em O Grande Azul, em cartaz no pátio da Casa França-Brasil, ela apresenta a obra homônima, com essas mesmas características. O volume de aproximadamente 68 metros cúbicos equivale a uma área de 30 metros quadrados por dentro da qual a plateia passeia. Na mesma instituição, na individual Cromática (✪✪✪), Waltercio Caldas ocupa duas salas laterais com obras igualmente convidativas: em Filme Rápido, com livros, espelhos e taças quebradas, as pessoas caminham em meio à penumbra. Adiante, em Superfície Internacional, o efeito é o oposto: a claridade. Casa França-Brasil. Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. → Terça a domingo, 10h às 20h. Grátis. Até 21 de outubro. https://www.fcfb.rj.gov.br.